Black Friday deve injetar R$ 150 milhões na economia do DF
Comerciantes estão otimistas para a data na capital do país. Procon-DF orienta os consumidores que vão às compras
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
Os comerciantes do Distrito Federal apostam na Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (26), para aquecer os negócios. A previsão do Sindivarejista (Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal) é que o evento injete R$ 150 milhões na economia da capital e que as vendas cresçam entre 12% e 15%, frente à queda de 2% em 2020, quando o faturamento foi prejudicado pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
“Muitos estão sem comprar nada desde 2020 e vão aproveitar os descontos de até 60%”, comenta vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sebastião Abritta, que destaca o avanço da vacinação como fator essencial para a retomada econômica.
O faturamento médio do comércio saiu do patamar negativo registrado em 2020 e cresceu entre 6% e 9% nas datas especiais em 2021. “Daí o otimismo para o fim de ano. Porque se o faturamento da Black Friday for bom, o do Natal será ainda melhor”, finalizou Abritta.
Os segmentos mais procurados pelos consumidores são os de confecções, calçados, eletroeletrônicos, objetos para o lar e cama e mesa. O gasto médio com compras, de acordo com os dados do sindicato, deve ficar em R$ 220 contra R$ 130 do ano passado. Os cartões de crédito respondem por 52% do faturamento das lojas.
Cuidado com as falsas ofertas
Apesar do otimismo do setor produtivo, os consumidores precisam redobrar a atenção na hora de comprar produtos na Black Friday.
Nesta sexta-feira (26), o Procon-DF (Instituto de Defesa do Consumidor) realiza uma blitz eletrônica com o monitoramento dos maiores portais de e-commerce do país. Equipes também vão intensificar a fiscalização nas lojas físicas do Distrito Federal, cobrindo os principais centros comerciais.
Confira as dicas para comprar com segurança
- “Oportunidade única”: cuidado com a tentação de comprar por impulso. Com dinheiro em mãos, vale pechinchar descontos ainda maiores para pagamento à vista.
- Falsas promoções: pesquise e acompanhe o histórico de preços nas lojas físicas e virtuais dos produtos que pretende comprar. É comum que empresas subam o valor de produtos na véspera da Black Friday para depois baixar o preço, simulando desconto. Isso é publicidade enganosa, o que é proibido por lei, e a loja pode ser penalizada.
- Confirmação e entrega: em compras online, guarde anúncios, e-mails e salve as telas com as ofertas e confirmações das transações. Há situações em que o consumidor finaliza uma compra pela internet e depois o pedido é cancelado.
- Produto com defeito: há produtos que estão em promoção justamente por apresentarem pequenos “defeitos”. Nesses casos, as avarias devem ser justificadas como motivos para a aplicação do desconto. O consumidor deve ter ciência total do estado do item antes da compra.
Preço de banana: desconfie de preços muito abaixo da média, esse é um dos indícios de fraude.
- Compra segura: para se certificar que está fazendo uma compra segura, nunca utilize computadores de acesso público. Para verificar a segurança da página, clique num cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela do computador. O endereço da loja virtual deve começar com https://.
O Procon orienta que o consumidor que se sentir lesado ou tiver problema relacionado a compras durante a Black Friday, registre queixa presencialmente em um dos postos de atendimento do órgão ou à distância pelo e-mail 151@procon.df.gov.br.