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R7 Brasília

Lula deixa UTI, segue lúcido e orientado e caminha pelo hospital, diz boletim

Chefe do Executivo está internado desde terça-feira em hospital de São Paulo e deve retornar a Brasília no início da próxima semana

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Nesta semana, Lula fez, ao todo, três procedimentos Ton Molina/Estadão Conteúdo - 29.11.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue “lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores” nesta sexta-feira (13). De acordo com boletim médico, divulgado pelo hospital particular, o chefe do Executivo está sob cuidados semi-intensivos e não mais na UTI. A expectativa é de que o petista possa retornar a Brasília na próxima semana.

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“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, sob cuidados semi-intensivos. Segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores. O presidente continua sob acompanhamento da equipe médica liderada pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e pela Dra. Ana Helena Germoglio”, afirma o boletim médico.

Anteriormente em cuidados intensivos, Lula está agora sob cuidados semi-intensivos, em que são monitoradas a pressão, batimentos cardíacos e respiração. O presidente não vai sair do local em que está no hospital, como previa os médicos; a mudança é em relação a monitorização contínua do paciente, que vai sendo retirada pela evolução do quadro clínico. Na prática, se antes o petista era monitorado por pacientes de forma ininterrupta, agora ocorre com intervalos.

“Sim, podemos falar que o presidente deixou a UTI, que tem os cuidados intensivos ao paciente. Na fase semi-intensiva, a monitorização é a parte mais afetada, uma vez que é feita com mais espaços, não de forma constante como é na UTI. Na semi-intensiva, há menos estrutura porque, em tese, o paciente não precisa de tantas intervenções médicas”, disse o médico intensivista Alberto Mendonça Pires, coordenador de UTI do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.


O petista sentiu dor de cabeça e indisposição durante a agenda da última segunda-feira (9). Na sequência, deu entrada em um hospital privado em Brasília e foi transferido para a unidade de São Paulo. Na capital paulista, passou por uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma. O procedimento ocorreu sem intercorrências e Lula está bem e sob monitoramento em leito de UTI. O primeiro boletim após essa cirurgia afirmou que Lula estava “lúcido, orientado e conversando”.

De acordo com os médicos, a hemorragia de Lula decorre da queda sofrida no banheiro, no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro. Na ocasião, o acidente doméstico resultou em um ferimento na parte de trás da cabeça, que exigiu cinco pontos de sutura. Após o episódio, diversas viagens internacionais foram canceladas por recomendação médica. O presidente tem 79 anos.


Um dos pontos destacados pelos profissionais é de que as funções neurológicas do presidente estão preservadas. A hemorragia intracraniana é uma condição séria e ocorre quando há sangramento dentro do cérebro ou entre membranas protetoras — este último foi o caso de Lula, segundo a equipe médica. O presidente foi submetido a uma trepanação para drenagem do hematoma. A hemorragia intracraniana pode ser causada por fatores como traumas, hipertensão, aneurismas rompidos ou outras condições médicas.

Depois, o presidente precisou passar por um novo procedimento, realizado na manhã desta quinta-feira (12). Trata-se de uma embolização de artéria meníngea média. Os especialistas destacam que o hematoma, identificado no começa na semana e tratado por uma cirurgia tem um risco de se refazer de forma espontânea. Dessa forma, o que foi feito é uma espécie de bloqueio do fluxo sanguíneo de subdivisões da artéria para impedir novos sangramentos. Após, foi realizado o procedimento de retirada do dreno que havia sido colocado.

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