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Bolsonaro convoca apoiadores para o 7 de Setembro e diz que protestos 'são naturais'

Em entrevista à Rádio Guaíba, chefe do Executivo negou que atos tenham o objetivo de pedir o fechamento de algumas instituições

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Manifestantes na avenida Paulista, em São Paulo, no Dia da Independência, em 2021
Manifestantes na avenida Paulista, em São Paulo, no Dia da Independência, em 2021 Manifestantes na avenida Paulista, em São Paulo, no Dia da Independência, em 2021

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar, nesta terça-feira (2), os apoiadores para as manifestações previstas para 7 de setembro, data em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil. Ele descartou que os atos tenham o objetivo de confrontar instituições da República, como em 2021.

Bolsonaro destacou que é natural que haja protestos no 7 de Setembro e defendeu transparência nas eleições deste ano. "Da nossa parte, ninguém vai querer protesto para fechar isso ou fechar aquilo. Moralmente algumas instituições estão se fechando no Brasil. E dá para ganhar a guerra dentro das quatro linhas", afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, nesta terça-feira (2).

O presidente criticou o Supremo Tribunal Federal sem citar o nome da corte. "A grande preocupação nossa é sobre a sua liberdade, que é açoitada diariamente por pessoas que deveriam defender a nossa Constituição, mas fazem exatamente o contrário. Por isso essa convocação. Nunca havia convocado movimento de rua", disse Bolsonaro.

"Mas nós estamos convidando a população para o 7 de Setembro, às 10h, em Brasília, com a tropa desfilando. E para o mesmo dia, às 16h, em Copacabana, pela primeira vez", completou. De acordo com o presidente, os apoiadores devem usar as camisas com as cores verde e amarela.

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"Uma das frases que devem ser mostradas lá deve ser a questão de transparência eleitoral. Ninguém está pedindo para não ter eleições, vai ter eleições. Mas queremos transparência por ocasião da votação e das apurações", acrescentou o presidente.

Ainda na entrevista, o chefe do Executivo deu detalhes do evento. "É tropa das Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica", disse. Também devem participar do desfile, segundo o presidente, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Academia Militar das Agulhas Negras, colégio militar e escolas civis do Rio de Janeiro.

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Países em que se fala português

Reportagem do R7 mostrou que o presidente convidou chefes de Estado de países de língua portuguesa para as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil. Entre os convidados estão Marcelo Rebelo de Souza (Portugal), João Lourenço (Angola), Umaro Sissoco Embaló (Guiné-Bissau), Carlos Vila Nova (São Tomé e Príncipe), Filipe Nyusi (Moçambique), José Ramos-Horta (Timor Leste) e José Maria Neves (Cabo Verde).

Neste ano, o país comemora os 200 anos de sua independência de Portugal. O governo deseja contar com um empréstimo temporário do coração mumificado de dom Pedro 1º para a comemoração do bicentenário. De acordo com o Itamaraty, o transporte deverá ser feito em avião da Força Aérea Brasileira.

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O coração se encontra na igreja de Nossa Senhora da Lapa, na cidade do Porto, em Portugal. A reportagem apurou que o lado português não impôs nenhuma condição para o translado do órgão, salvo a exigência de laudo técnico que atestasse a viagem ao Brasil sem sofrer danos. A programação ainda está em elaboração.

A última vez que Bolsonaro se reuniu com membros de outros Estados foi em 18 de julho. Em encontro com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, o presidente voltou a criticar o modelo eleitoral atual, sem apresentar provas. A reunião provocou uma reação em cadeia.

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