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Bolsonaro disse que deveria ter trocado coronel por ‘serviço secreto russo’

Fala aconteceu em reunião de 2020 na qual ex-presidente discutiu plano para blindar Flávio Bolsonaro de investigação

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window


Bolsonaro fez afirmação ao ex-ministro Augusto Heleno
Bolsonaro fez afirmação ao ex-ministro Augusto Heleno Carolina Antunes/PR - 11.2.2020

Na reunião de 2020 na qual debateu um plano para livrar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de investigação da Receita Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse ao ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno que devia ter trocado um coronel do Exército de quem recebia informações pelo “serviço secreto russo”.

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“Eu recebi... Eu não te passei, não? Eu recebi... Quem passa as informações para mim é um coronel do Exército. Devia ter trocado pelo serviço secreto russo”, afirmou Bolsonaro. O assunto não se desenvolveu, pois na sequência o ex-presidente recebeu duas advogadas de Flávio para conversar sobre a investigação da Receita sobre supostos desvio de parte dos salários dos funcionários do gabinete dele na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) enquanto ele era deputado estadual.

A gravação revela que Bolsonaro sugeriu às advogadas do filho conversar com o então secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, para anular relatórios produzidos pelo órgão contra Flávio. No diálogo com a defesa do senador, o ex-presidente também prometeu levar o tema ao ex-presidente da Dataprev, Gustavo Canuto. “Vou conversar com ele sozinho”, disse Bolsonaro.

Além disso, o ex-presidente disse que o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pediu uma vaga no Supremo Tribunal federal em troca de resolver o caso de Bolsonaro.


A gravação tem uma hora e oito minutos de duração. De acordo com a corporação, Ramagem teria afirmado na reunião que seria preciso instaurar “procedimento administrativo contra os auditores, com o objetivo de anular as investigações, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.

Em nota, Flávio Bolsonaro negou qualquer irregularidade por parte das advogadas dele. “Mais uma vez, a montanha pariu um rato. O áudio mostra apenas minhas advogadas comunicando as suspeitas de que um grupo agia com interesses políticos dentro da Receita Federal e com objetivo de prejudicar a mim e a minha família. A partir dessas suspeitas, tomamos as medidas legais cabíveis. O próprio presidente Bolsonaro fala na gravação que não ‘tem jeitinho’ e diz que tudo deve ser apurado dentro da lei. E assim foi feito. É importante destacar que até hoje não obtive resposta da justiça quanto ao grupo que acessou meus dados sigilosos ilegalmente.”

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