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Bolsonaro diz que PEC dos Benefícios não é medida eleitoreira

Aumento do Auxílio Brasil, voucher e outras medidas são alvo de críticas devido ao ano eleitoral e descumprimento do teto de gastos

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

O presidente da República, Jair Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu as críticas que a PEC dos Benefícios vem recebendo de parlamentares no Congresso Nacional e de especialistas. No Twitter, ele afirmou que a proposta não visa as eleições de outubro, apenas busca aliviar os impactos da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Se nada fosse feito para aliviar os brasileiros dos impactos do 'fica em casa que a economia vê depois' e da guerra, a esquerda e a imprensa reclamariam de omissão. Como estamos fazendo, reclamam de [caráter] eleitoreiro. É simples: quanto pior for para o povo, melhor para se promoverem", afirmou Bolsonaro.

A PEC dos Benefícios busca aumentar o Auxílio Brasil dos atuais R$ 400 para R$ 600, instituir um auxílio mensal aos caminhoneiros no valor de R$ 1.000 entre julho e dezembro deste ano, promover um outro auxílio aos taxistas e um aumento do Auxílio Gás que dobra o valor do benefício.

Atualmente, o texto aguarda votação em comissão especial da Câmara dos Deputados. O relatório da proposta foi lido na sessão desta terça-feira (5), mas a oposição conseguiu um pedido de vista e adiou a aprovação do documento. A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, publicou nesta quarta-feira (6) um relatório que aponta efeitos negativos da PEC dos Benefícios.

Segundo os economistas, o texto fragiliza a regra do teto de gastos e reduz a confiança na disciplina fiscal, além de propor aumentos maiores do que a inflação. O documento ainda questiona a destinação dos R$ 41 bilhões perto das eleições.

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