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R7 Brasília

Bolsonaro recebe irmão de petista morto em Foz do Iguaçu (PR)

Encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira (20), no Palácio do Planalto; José Arruda foi acompanhado por Otoni de Paula (MDB-RJ)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Jair Bolsonaro durante encontro com José Arruda no Planalto
Jair Bolsonaro durante encontro com José Arruda no Planalto

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, na tarde desta quarta-feira (20), no Palácio do Planalto, José Arruda, irmão do petista Marcelo Arruda, que foi assassinado a tiros em Foz do Iguaçu, no Paraná. O intermediador do encontro foi o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ).

A conversa, segundo Otoni, durou cerca de 30 minutos, foi amistosa e carregada de sentimentos. "A vinda de José Arruda é porque ele entendeu que seria simbólico para toda a família que o presidente manifestasse o seu total repúdio a esse ato [a morte do petista], que prestasse sua solidariedade", relatou o deputado à reportagem.

Arruda era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores e guarda municipal na cidade paranaense. Ele foi assassinado na própria festa de aniversário, que teve temática do PT, no dia 10 deste mês. O autor do crime, o bolsonarista e policial penal Jorge José da Rocha Garanho, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe.

José é irmão de Arruda e chegou ao Palácio do Planalto acompanhado de Otoni, que havia intermediado a ligação de Bolsonaro à família da vítima, no dia 12. Na ocasião, o presidente conversou com os irmãos do petista, condenou a violência e chamou o assassino de "desequilibrado".


Na última sexta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu ao presidente dois dias para se manifestar sobre uma petição protocolada pela oposição que diz que ele incita a violência política. Até o momento, o governo não se posicionou de forma oficial.

O pedido de investigação sobre o presidente foi apresentado pelo PT e por 13 deputados federais. O documento afirma que, nas lives e redes sociais, Bolsonaro ameaça as instituições e o processo eleitoral com apologia do crime, abolição violenta do Estado democrático de Direito e violência política, além de citar o caso que envolve Arruda.

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