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Brasília Bolsonaro recorre ao STF contra ação da CPI sobre redes sociais

Bolsonaro recorre ao STF contra ação da CPI sobre redes sociais

AGU quer anular requerimento que pediu suspensão do acesso do presidente às plataformas digitais e quebra de sigilo

  • Brasília | Renato Souza, do R7, em Brasília

CPI pediu quebra de sigilo do presidente nas redes sociais

CPI pediu quebra de sigilo do presidente nas redes sociais

Ueslei Marcelino/Reuters - 19.10.2021

O presidente Jair Bolsonaro ingressou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra requerimento aprovado pela CPI da Covid-19 que pede o bloqueio do acesso dele às redes sociais e a quebra do sigilo telemático. O chefe do Executivo alega que o requerimento foi apresentado após a elaboração do relatório final do colegiado, e que o presidente, no exercício do cargo, não pode ser investigado.

"Ressalte-se, entretanto, que o impetrante, enquanto presidente da República, não pode ser investigado no âmbito de CPIs ou de qualquer outra comissão parlamentar, seja a que título for", alega o documento enviado ao Supremo, que deve ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.

O documento é assinado pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco. O governo pede que seja determinada a "imediata suspensão da eficácia da decisão proferida pela Comissão Parlamentar de Inquérito — CPI da Pandemia, em sessão realizada no dia 26/10/2021", que aprovou o requerimento.

Os senadores também pedem que o sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro seja quebrado e enviado ao Supremo e à Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, as entidades apontadas teriam acesso a ligações e mensagens eletrônicas trocadas pelo chefe do Executivo desde abril do ano passado.

A AGU pede que sejam resguardados os dados privados do presidente nas redes sociais e que o conteúdo relacionado aos "dados eventualmente correlacionados à CPI, requer seja também assegurado o acesso restrito de seu teor somente ao Procurador-Geral da República". 

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