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Bolsonaro vai ser preso? Entenda o que diz a PGR nas alegações finais na ação da trama golpista

Somadas, as penas dos crimes imputados a Bolsonaro podem chegar a 43 anos de prisão, consideradas as penas máximas

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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SP - TRAMA GOLPISTA/ATO/BOLSONARO/APOIADORES/SP - POLÍTICA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)    participa de ato com apoiadores na     Avenida Paulista, na região centro-sul     da cidade de São Paulo, na tarde deste     domingo, 29 de junho de 2025. Bolsonaro     tenta ganhar força em meio ao avanço do     julgamento do Supremo Tribunal Federal     (STF) sobre a trama golpista de 8 de     janeiro de 2023, que ele é acusado de     liderar.     29/06/2025 - Foto: BIA BORGES/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO
Somadas, penas dos crimes imputados a Bolsonaro podem chegar a 43 anos de prisão BIA BORGES/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO - 29.6.2025

A PGR (Procuradoria-Geral da República) entregou nessa segunda-feira (14) as alegações finais na ação penal contra o “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O parecer assinado por Paulo Gonet pede a condenação dos oito réus do grupo, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi, segundo o relatório, o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

Somadas, as penas dos crimes imputados a Bolsonaro podem chegar a 43 anos de prisão, consideradas as penas máximas e os possíveis agravantes de cada crime. Embora tenha pedido a condenação do ex-presidente, a Procuradoria não solicitou a prisão imediata de Bolsonaro.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • A PGR entregou alegações finais contra Jair Bolsonaro por sua participação na tentativa de golpe após as eleições de 2022.
  • As penas imputadas a Bolsonaro podem somar até 43 anos de prisão, mas a PGR não pediu sua prisão imediata.
  • Bolsonaro está com o passaporte retido desde fevereiro de 2024, após a Operação Tempus Veritatis, e tentou recuperá-lo, sem sucesso.
  • A prisão preventiva pode ser decretada em casos de obstrução de Justiça, como no caso de Walter Braga Netto, outro réu do processo.

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A legislação penal, entretanto, prevê situações em que um réu pode ser preso preventivamente. Caso a PGR avalie que Bolsonaro deve ser preso de forma preventiva, o pedido deve ser apresentado ao relator do processo no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Alexandre de Moraes, a quem cabe a decretação ou não da prisão preventiva.

Se não houver pedido de prisão preventiva, Bolsonaro e os demais réus do processo serão julgados e, em caso de condenação, só serão presos após o trânsito em julgado, ou seja, quando houver o esgotamento de todos os recursos possíveis.


Segundo o Código de Processo Penal, para crimes inafiançáveis, a prisão preventiva pode ser decretada para “assegurar a aplicação da lei penal”. É o que ocorre, por exemplo, quando há risco de fuga do investigado, denunciado ou réu. O pedido de prisão deve ser formulado ou pelo Ministério Público ou pela polícia, e deve ser decretado por um juiz.

Desde fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, Bolsonaro está com o passaporte retido. Desde então, o ex-presidente tentou recuperá-lo em quatro ocasiões. Todos os pedidos formulados por sua defesa para a devolução do documento foram negados por Moraes.


Imagens divulgadas pelo jornal americano The New York Times revelaram que, quatro dias após a operação da PF, Bolsonaro passou duas noites hospedado na Embaixada da Hungria no Brasil, na capital federal. A estada do ex-presidente ocorreu entre os dias 12 e 14 de fevereiro.

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O espaço físico de uma embaixada é considerado território inviolável do país estrangeiro. Naquela ocasião, se a Justiça expedisse um mandado de prisão preventiva contra Bolsonaro, a decisão não poderia ser cumprida. Mesmo após a reportagem, a PGR não pediu a prisão preventiva de Bolsonaro.


A prisão preventiva também pode ser decretada quando houver obstrução de Justiça. Esse é o motivo que embasa a detenção de Walter Braga Netto, também réu do “núcleo crucial” da ação do golpe.

Segundo a PF, o general e ex-ministro de Bolsonaro tentou obter do tenente-coronel Mauro Cid detalhes sobre as diligências, além de ter alinhado com outros investigados versões sobre os fatos apurados pelo processo. O pedido de prisão foi aceito por Moraes em 14 de dezembro de 2024.

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