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R7 Brasília

Boulos aciona TSE por Tarcísio dizer que PCC orientou voto nele

Ação está sob relatoria do ministro Nunes Marques na Corte Eleitoral

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Boulos: Fala de Tarcísio sobre o PCC demonstra 'desespero' e é 'inacreditável' RUBENS SUZUKI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO – 27.10.2024

A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) apresentou, neste domingo (27), ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma notícia-crime contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o também candidato à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A ação está sob relatoria do ministro Nunes Marques.

Mais cedo, Tarcísio afirmou que foram realizadas interceptações de mensagens de membros do PCC que orientavam voto no candidato do PSOL.

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Segundo a ação, a conduta é enquadrada como crime eleitoral, por ser praticada no dia da votação para o segundo turno das eleições municipais de 2024. “O Representado, em tese, incorreu no crime de divulgação de fatos falsos durante campanha eleitoral, porque efetivamente divulgou fato que sabia ser inverídico em relação ao candidato Guilherme Boulos, capazes de exercer influência perante o eleitorado, ainda mais pela autoridade que proferiu tais falas, o contexto de sua entrevista e o dia ser o fatídico dia do segundo turno”, diz a ação.

Para a defesa de Boulos, “o que está em discussão é um processo democrático de escolha dos mandatários do poder popular em um Estado de Direito, pelo que cabe ao Estado promover a devida responsabilização, inclusive penal, daqueles que atentem contra a lisura e a veracidade do processo eleitoral, combatendo atos odiosos e criminosos”.


Neste domingo, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que declaração de Tarcísio de Freitas em relação ao candidato Guilherme Boulos não deve ser ignorada pelas autoridades competentes.

O TRE-SP afirmou ao R7 que não recebeu relatório algum de inteligência tampouco nenhuma informação sobre o caso que envolve supostas orientações eleitorais por parte de integrantes de uma facção criminosa, na capital paulista.

Guilherme Boulos, por sua vez, afirmou que o caso é um “laudo falso do segundo turno”. “Dia de eleição, dia decisivo. Imaginei que ao menos hoje fosse um dia mais tranquilo em relação às mentiras que nossos adversários fizeram durante toda a campanha, mas recebi uma notícia, agora há pouco, de algo que beira o inacreditável. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio, acabou de divulgar, ao lado do candidato dele, uma declaração extremamente grave, sem nenhum tipo de prova, dizendo que o PCC teria determinado voto em mim”, disse o candidato.

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