Brasil assume papel de liderança na pré-COP e pressiona países por metas mais ambiciosas
Alckmin citou compromisso de reduzir gases de efeito estufa em 67% até 2035 e pressionou países a apresentarem metas contra emissões
Brasília|Lis Cappi e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
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A defesa de que países apresentem com rapidez as metas contra emissões de gases causadores de efeito estufa e o destaque ao compromisso brasileiro para reduzir essa poluição em 67% até 2035 foram destaque no primeiro dia da pré-COP, em Brasília.
A abertura da prévia da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas contou com uma cobrança pública do vice-presidente Geraldo Alckmin para que as demais nações apresentem planos de ações.
“Acredito que esse esforço coletivo de cooperação entre os povos deve ser canalizado aqui, nas negociações da COP, e concentrado nas contribuições nacionalmente determinadas dos países ao acordo dos países ao acordo de Paris”, afirmou Alckmin em discurso aos líderes. “É um sinal decisivo de seu compromisso com o combate à mudança do clima e o reforço do multilateralismo”, completou.
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As chamadas “NDCs”, sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada, seguem pendentes entre a maioria dos 195 países que fazem parte do Acordo de Paris.
Até o início da pré-COP, na segunda-feira (13), apenas 62 países haviam enviado formalmente os compromissos ambientais. As metas reúnem ações previstas para um prazo de cinco anos e precisam ser renovadas por igual período.
Dos países que ainda não apresentaram as metas, 101 prometem entregá-las antes do encontro de novembro, em Belém. Outros 32 países prometeram formalizar as iniciativas posteriormente.
As situações de maior alerta são ligadas à Índia e União Europeia, que ocupam a terceira e quarta posições nas emissões de gases de efeito estufa no mundo.
Fundo de proteção a florestas
Em outra frente, nomes do governo saíram em defesa do fundo de proteção a florestas criado pelo Executivo, o TFFF (Fundo Tropical das Florestas). O mecanismo deve ser lançado oficialmente na COP30 e figura como uma das principais apostas do Brasil na agenda climática internacional.
A meta do governo é levantar cerca de US$ 25 bilhões junto a governos. O fundo pode ajudar pelo menos 70 países.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou o benefício que a iniciativa pode garantir a indígenas, que podem receber até 20% dos recursos encaminhados ao financiamento.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou o potencial de arrecadação da medida, que pode receber cerca de US$ 4 bilhões por ano.
“Não se trata de doação, mas de investimento. O TFFF busca garantir fluxos financeiros perenes para proteger a natureza e remunerar os serviços ecossistêmicos, valorizando o papel dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Quando estiver em operação, poderá gerar cerca de US$ 4 bilhões por ano, quase três vezes o volume atual de financiamento internacional para florestas”, destacou.
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