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Brasil não vai ter qualquer tipo de precipitação sobre eleição na Venezuela, diz Padilha

Ministro das Relações Institucionais argumenta que o país vai esperar a divulgação das atas eleitorais para se pronunciar oficialmente

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Brasil vai esperar atas para se pronunciar, diz Padilha Gil Ferreira/SRI - 25.07.2024

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (31) que o governo brasileiro não vai se precipitar para se pronunciar em relação ao processo eleitoral venezuelano e que vai aguardar o resultado das atas eleitorais. Nesta semana, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) declarou a vitória de Nicolás Maduro, enquanto a oposição fala em fraude.

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“Não vamos ter qualquer tipo de precipitação. A postura do governo brasileiro é de se pronunciar depois que forem divulgadas as atas detalhando o resultado do processo eleitoral”, afirmou Padilha. “O presidente Lula fez um comentário que, às vezes, querem criar um tamanho [para o episódio] como se fosse uma crise que não tivesse solução. E o Brasil vai entrar e participar, com postura firme, e ajudar com outros países, para que se tenha solução inclusive de pacificação naquele país”, completou.

As declarações foram dadas por Padilha em entrevista a EBC. O ministro argumentou também que a postura do Brasil foi decisiva para que ocorressem as eleições venezuelanas. “Um vizinho nosso, o que a gente quer num país como a Venezuela e em todos os nossos vizinhos, é que estejam em paz, sem conflito. Porque se forem bem na economia, tiverem bem na questão da pacificação, quem mais ganha é o Brasil. O Brasil mais vende do que compra para os vizinhos na América do Sul”, destacou.

Na última segunda-feira (29), o CNE proclamou a vitória de Maduro, que obteve 5,15 milhões de votos (51,2%). O agora presidente reeleito declarou o resultado como “irreversível” e iniciou seu mandato que vai até janeiro de 2031. Opositores, como María Corina Machado e o candidato Edmuno González, questionam a eleição e dizem que houve fraude. O episódio ocasionou diversos protestos no país, inclusive com prisões e mortes.


A eleição venezuelana é acompanhada por observadores internacionais. No caso brasileiro, o responsável é o assessor de Lula para assuntos especiais Celso Amorim. Desde a proclamação da vitória de Maduro, o Brasil não parabenizou o venezuelano pela ausência de atas eleitorais. Em nota, o Itamaraty afirmou que vai aguardar a publicação dos dados para se pronunciar.

O Centro Carter, mais importante instituto de observação eleitoral do mundo, declarou que não pode verificar os resultados das eleições na Venezuela. A entidade apontou para uma “ausência de transparência” no processo de divulgação dos resultados. A eleição “não obedeceu aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e não pode ser considerada democrática”, afirmou a organização sediada em Atlanta (EUA).

Segundo o comunicado, a organização não pode “verificar ou corroborar a autenticidade dos resultados das eleições presidenciais declarados pelo CNE”. A falta de divulgação dos resultados desagregados por assembleia de voto foi classificada como uma grave violação dos princípios eleitorais. O Centro Carter destacou que enviou 17 especialistas e observadores à Venezuela a partir de 29 de junho, com equipes baseadas em Caracas, Valência, Maracaibo e Barinas.

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