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Brasil registra queda de 31% no desmatamento na Amazônia entre janeiro a maio de 2023

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (7) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em Brasília

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Área de garimpo ilegal na região amazônica
Área de garimpo ilegal na região amazônica

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima informou nesta quarta-feira (7) que houve queda de 31% nos alertas de desmatamento na Amazônia entre os meses de janeiro e maio de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. Em maio, houve uma redução de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Os dados foram obtidos pelo Deter, um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia que é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo a pasta, 20 municípios concentram mais de 50% do desmatamento nesse período de janeiro a maio — oito cidades estão localizadas em Mato Grosso, seis no Amazonas, quatro no Pará, uma em Rondônia e uma em Roraima. Feliz Natal (MT) encabeça a lista, com mais de 173 km² desmatados.

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"A gente tem dito que o sistema Deter não é apropriado para comparar mês com mês, porque sempre tem a questão de nuvem. Tem mês que tem muita nuvem, tem mês que não tem tanta nuvem. Então, varia muito de um ano para outro. Mas, quando a gente começa a comparar um período mais alongado, nesse caso são cinco meses, a gente observa que começa a cair significativamente o percentual de nuvens nas regiões mapeadas", disse o secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Rodrigo Agostinho, anunciou que foram aplicadas neste ano multas no valor de R$ 2,23 bilhões, um aumento de 160% se comparado com o mesmo período do ano passado. Durante uma coletiva de imprensa, o titular disse também que foram feitos 7.196 autos de infração e que 2.255 fazendas foram embargadas.


Cerrado

Dados do Deter revelam que houve aumento de 83% no desmatamento do cerrado no mês de maio de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022. O sistema mostra também que, entre janeiro e maio de 2023, houve adicional de 35% no desmatamento na região, comparado com o mesmo período de 2022.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são 24 os municípios que mais contribuem para o desmatamento no cerrado: dez estão localizados na Bahia, cinco no Maranhão, quatro no Piauí, três no Tocantins, um em Mato Grosso e um no Pará. Quem encabeça a lista é São Desidério (BA), com mais de 236 km² desmatados.

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"Mais de 3/4 dos desmatamentos, nós podemos ter acesso aos responsáveis por essas áreas, e os estados estão administrando o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e têm condições, inclusive, de autuar e embargar. Nós vamos ter um trabalho importante para identificar se esse desmatamento realmente é autorizado ou não. A nossa estimativa é que mais da metade do desmatamento no cerrado é autorizada pelos órgãos estaduais ambientais. O desafio agora é sincronizar os dados", relatou Lima.

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