Brasil vive ótimo momento, diz Pimenta, que não crê em reforma ministerial no governo
No JR Entrevista, ministro da Secom destacou que país vive ‘fase aguda de especulação’; entrevista vai ao ar às 22h30 desta sexta
Brasília|Luiz Fara Monteiro, da RECORD
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, declarou nesta sexta-feira (13) que o Brasil vive “ótimo momento”, com os “grandes números da economia excelentes”. Durante participação no JR Entrevista, Pimenta afirmou que o país “vive uma fase aguda de especulação” e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não foi eleito para agradar o mercado”. A entrevista completa, feita pelo apresentador Luiz Fara Monteiro, vai ao ar às 22h30 desta sexta (13), na RECORD NEWS, no R7, no Playplus e nas redes sociais. Um trecho da conversa será exibido no Jornal da Record, a partir de 19h50.
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“Infelizmente, o Brasil vive uma fase aguda de especulação por parte do mercado. Veja bem, eu viajo muito com o presidente Lula, acompanho as agendas internacionais do presidente e, em qualquer lugar do mundo que a gente chega, há um consenso: o Brasil vive um ótimo momento”, destacou Pimenta, ao citar os resultados do governo.
“Temos um PIB que cresceu três vezes mais que o mercado estimava, temos a menor taxa de desemprego das últimas décadas, temos o maior nível de distribuição de renda, a massa salarial cresceu, temos uma inflação sob controle e não paramos de abrir novos mercados. Os grandes números da economia estão excelentes, então qual é o problema da economia brasileira? Onde está a insegurança da economia brasileira?”, questionou.
O ministro aproveitou para elogiar o trabalho da equipe econômica do Executivo. “Temos certeza que ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad sabe o que está fazendo para garantir estabilidade econômica com o Brasil continuando a crescer, distribuindo renda e garantindo a melhoria de vida da população que mais precisa. O presidente Lula, mais do que ninguém, conhece o Brasil. Lula não foi eleito para agradar o mercado ou ser um agente do mercado, foi eleito para trazer dignidade para a maioria do povo brasileiro”, acrescentou Pimenta, ao afirmar que o capital especulativo “sempre aposta no caos e contra o governo”.
Eventual reforma ministerial
O ministro declarou não acreditar em uma reforma ministerial no governo, mas afirmou que seu cargo está à disposição de Lula e que “ajustes são parte do cotidiano”.
“Eu não acredito numa reforma ministerial. Eu acho que, eventualmente, ajustes são parte do cotidiano da atividade que a gente desenvolve. Quer dizer, nós todos somos cargos de confiança do presidente. E fazemos parte do time dele. Eventualmente, um treinador faz uma mudança tática na posição de um ou outro jogador. Então, eu acho que algum evento que efetivamente pudesse ser caracterizado como uma mudança ou uma reforma ministerial não vai acontecer. Pelo menos, essa é a minha leitura”, destacou.
Rumores sobre uma eventual reforma na liderança dos ministérios de Lula começaram a circular na semana passada, quando o presidente criticou publicamente a gestão de Pimenta. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias, para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, admitiu Lula na sexta da semana passada (6), durante seminário do PT, em Brasília (DF).
Na fala, o presidente também reclamou da divulgação das ações do governo. “Sinto cada vez que viajo, que converso, que atendemos ministros, que não estamos entregando de forma adequada [as ações], para que a sociedade tenha as informações do que estamos fazendo. A partir de 1º de janeiro, não tem mais entrega. A gente vai ter que divulgar corretamente o que nós já lançamos. Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso àquilo que estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.
No JR Entrevista, Pimenta informou que a Secom vai lançar duas campanhas de fim de ano, e uma delas dará destaque às ações da gestão de Lula. “São duas campanhas importantes, uma de fim de ano e outra sobre as medidas que o governo encaminhou ao Congresso. Já estão prontas, e vamos veicular a partir da semana que vem. Todo o planejamento do trabalho de fim de ano está sendo feito com absoluta tranquilidade”, destacou, ao acrescentar que o clima na Secom está “muito tranquilo”.