BRB recorre a investigação externa para esclarecer transações com o Banco Master
Apuração ocorre no contexto da Operação Compliance Zero, que investiga fraude bilionária
Brasília|Mariana Saraiva, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
O BRB (Banco de Brasília) decidiu recorrer a um time externo para esclarecer os negócios suspeitos envolvendo o Banco Master. A instituição anunciou a contratação do escritório Machado Meyer Advogados, que trabalhará com suporte técnico da Kroll, para conduzir uma apuração independente sobre o caso.
A investigação é consequência direta da Operação Compliance Zero, iniciativa que apontou um possível rombo de R$ 12 bilhões relacionado às carteiras de crédito negociadas entre Master e BRB. Mesmo com processos internos que, no papel, deveriam evitar riscos, como análise de elegibilidade, aprovação colegiada e registro na B3, a Polícia Federal identificou falhas graves. Entre elas: créditos sem lastro, CPFs duplicados, contratos não comprovados e a participação da Tirreno, empresa recém-criada e sem histórico, apontada como intermediária das operações.
Em comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (2), o BRB informou que os investigadores só prestarão contas a um comitê autônomo, criado no fim de novembro, formado exclusivamente por membros que não estavam no banco durante o período analisado.
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Justiça
As suspeitas motivaram decisões judiciais. A 10ª Vara Federal de Brasília afastou da diretoria o então presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor financeiro Dario Oswaldo Garcia Júnior. Após o afastamento, o governador Ibaneis Rocha (MDB) escolheu Nelson Souza, ex-presidente da Caixa, para comandar o banco público.
Além disso, a Justiça Federal determinou ao Banco Central a realização de uma auditoria detalhada dentro do BRB. A decisão, de 24 de novembro, foi fundamentada com base em informações do Ministério Público Federal, que ressaltou que o banco não apresenta sinais de falta de liquidez.
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