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Brics condena ataques ao Irã, sem citar EUA, e ignora guerra entre Rússia e Ucrânia

Declaração oficial de líderes Brics aponta preocupação com o Oriente Médio; líderes também criticam aumento de gastos militares

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

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Posição de líderes dos Brics condenou ataques ao Irã e aumento de gastos militares Ricardo Stuckert / PR

A declaração final dos Brics, divulgada neste domingo (6), traz uma série de críticas aos conflitos internacionais, com destaque aos ataques contra o Irã, de junho de 2025.

O episódio é classificado por líderes como uma violação ao direito internacional. O documento também cita preocupações pelas ações terem alcançado instalações nucleares e pelo risco de agravar escalada de violência no Oriente Médio.


“Expressamos ainda séria preocupação com os ataques deliberados contra infraestruturas civis e instalações nucleares pacíficas sob totais salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em violação ao direito internacional e a resoluções pertinentes da AIEA. As salvaguardas e a segurança nucleares devem ser sempre respeitadas, inclusive em conflitos armados, para proteger as pessoas e o meio ambiente contra danos”, diz trecho do documento.

A avaliação, no entanto, não fez qualquer menção direta aos Estados Unidos ou Israel, ligados aos ataques. Ao citar o episódio iraniano, líderes também defenderam negociações diplomáticas e cobraram pela atuação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).


Apesar de citar a segurança internacional, o documento de 38 páginas criticou a continuidade da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, mas não fez qualquer menção à guerra entre Rússia e Ucrânia.

Gastos militares

Líderes do grupo também apontaram preocupação com o aumento de gastos militares a nível internacional e defenderam que recursos sejam empregados para ações no combate à fome e enfrentamento da pobreza.


“Defendemos uma abordagem multilateral que respeite as diversas perspectivas e posições nacionais sobre questões globais cruciais, incluindo o desenvolvimento sustentável, a erradicação da fome e da pobreza e o enfrentamento global da mudança do clima, ao mesmo tempo em que expressamos profunda preocupação com tentativas de vincular segurança à agenda climática”, aponta outra parte.

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