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Brics: Lula discute cooperação com líderes internacionais, incluindo premiê chinês

Chefe do Executivo brasileiro deve se encontrar com representantes da China, Etiópia, Vietnã e Nigéria

Brasília|Do R7

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Lula e o primeiro ministro da China, Li Qiang, se encontraram durante visita do presidente ao país asiático, em maio Ricardo Stuckert / PR

Após participar da abertura do Fórum Empresarial do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre uma série de reuniões bilaterais com representantes de países como Etiópia, Vietnã e Nigéria.

Por fim, Lula deve se encontrar com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, que representa o presidente Xi Jinping na Cúpula do bloco, marcada para este domingo (6).


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Membro fundador do Brics, a China é um dos países que não participa com sua autoridade máxima na programação no Rio de Janeiro. Além dela, a Rússia, de Vladimir Putin, também enviou representantes do governo.

A expectativa é que Putin participe por videoconferência. Xi Jinping, por outro lado, não comparecerá nem remotamente; a delegação chinesa será chefiada por Li Qiang.


Em meio à escalada de tensões no Oriente Médio, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, também não participará do encontro. O país será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi. O conflito na região também provocou a ausência do presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi.

Veja agenda completa de reuniões

  • 10h20 — Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro da República Democrática Federal da Etiópia, Abiy Ahmed Ali
  • 11h20 — Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro da República Socialista do Vietnã, Pham Minh Chinh
  • 12h30 — Reunião bilateral com o Presidente da República Federal da Nigéria, Bola Tinubu
  • 16h30 — Reunião bilateral com o Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi, Xeique Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan
  • 17h30 — Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro da República Popular da China, Li Qiang

Cúpula esvaziada, mas estratégica

A professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Cristina Pecequilo, destaca a importância do encontro no atual cenário global.


“A reunião deve ser entendida no contexto das grandes transformações do século 21 como uma oportunidade relevante para fortalecer a cooperação Sul-Sul e discutir a reformulação da ordem mundial”, analisa.

Segundo ela, mesmo com ausências significativas entre fundadores e novos membros, o encontro sinaliza a existência de alternativas à atual conjuntura internacional marcada por conflitos.


“Mecanismos como o Novo Banco de Desenvolvimento oferecem formas de negociação que não reproduzem as desigualdades entre Norte e Sul”, afirma.

Para a professora, temas como meio ambiente, desenvolvimento, regulação tecnológica e redes digitais vêm sendo discutidos com frequência e representam um canal diplomático para demandas e propostas de mudança.

“Considero a cúpula fundamental, tanto pela sua simbologia quanto pela demonstração de alinhamento entre as nações do Sul global”, completa.

Ausências de Xi Jinping e Vladimir Putin

De acordo com o cientista político e professor de Relações Internacionais Maurício Santoro, a ausência de figuras centrais como Xi Jinping e Vladimir Putin deve criar um “certo vazio” no evento.

“Do ponto de vista brasileiro, o convidado mais aguardado é o presidente chinês. Esta será a primeira vez que Xi Jinping não comparece a uma cúpula do Brics, chamando atenção, considerando seu histórico de envolvimento com o grupo”, ressalta.

Segundo Santoro, a justificativa oficial apresentada por Pequim — de que os líderes já mantiveram encontros anteriores com Lula — foi vista como evasiva.

“Trata-se de uma explicação superficial, pois o Brics não é um evento bilateral, mas multilateral”, observa.

Para o professor, os desdobramentos no Oriente Médio ajudam a explicar parte dessas ausências.

“A recente escalada entre Irã e Israel e a busca por um cessar-fogo em Gaza mantêm líderes regionais ocupados, como os presidentes do Irã e do Egito”, aponta.

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