Cadela da PM encontra 101 kg de drogas em malas na Rodoviária Interestadual de Brasília
Mulher responsável pelo conteúdo abandonou as malas e tentou fugir, mas foi identificada e presa pela polícia
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
Uma cadela da Polícia Militar do Distrito Federal encontrou na tarde desta quinta-feira (12) 101 kg de maconha na Rodoviária Interestadual de Brasília. A droga foi farejada pela cadela Ipa, do BPCães (Batalhão de Policiamento com Cães), e estava distribuída em 141 tablets em três malas de viagem. A mulher que estava com o conteúdo, ao ver a polícia, fugiu do local. A polícia utilizou as imagens das câmeras de segurança da Rodoviária para identificar a suspeita, que foi presa algumas horas depois na Asa Norte. As drogas foram encaminhadas para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
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Em julho, o R7 mostrou em uma reportagem especial o trabalho desenvolvido pelo BPCães na capital do país. Por ano, os animais auxiliam a PM em pelo menos mil operações especiais e de apoio, sobretudo em casos de apreensão e identificação de drogas. De janeiro a junho deste ano, os animais tinham auxiliando na apreensão de 63 kg de drogas em 67 operações de combate ao tráfico. Nesse intervalo, os animais também ajudaram a localizar sete veículos roubados e oito armas de fogo.
Atualmente, a maioria dos cachorros do BPCães é da raça pastor-belga-malinois, cão usado em operações policiais do mundo inteiro. O Batalhão ainda conta com labradores, rottweilers e dois bloodhounds, doados pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha.
Segundo o subcomandante, Capitão Dezen, os cachorros são usados em três modalidades de serviço. “Temos o cão de detecção de narcóticos [drogas] e armas, que são a maioria do Batalhão; o cão que atua em operações de suspeita de explosivo para fazer varreduras, que vai com o esquadrão antibomba; e temos os cães que ajudam a detecção de pessoas foragidas e fugitivas, que também podem ajudar nas buscas de desaparecidos em algum tipo de apoio aos bombeiros.”
Dezen cita que o uso dos animais para localizar foragidos não é algo raro. “A gente pensa que é algo que nunca acontece, mas isso é bem corriqueiro. Só neste ano os cães já pegaram dois foragidos. Para isso, utilizamos qualquer coisa que a pessoa deixe com odor. Pode ser um boné, um chinelo, um pedaço de roupa, qualquer coisa que tenha o cheiro da pessoa, o cão consegue identificar e ir atrás”, explicou.
O subcomandante destaca, além disso, o forte vínculo entre cão e policial, que dura toda a vida de atuação do animal.
“Cada policial conduz seu próprio cão, porque eles criam um vínculo. O cão chega ainda filhote e é designado para determinado policial, que fica com ele até o fim da carreira do animal. Tem muitos que até escolhem levar os cães para casa. Levam todo dia e trazem de volta para cá para o animal trabalhar. Esse vínculo permite que o agente perceba se o cão está ficando nervoso ou se ele está identificando algo suspeito em qualquer mudança mínima de comportamento, por exemplo”, explica.