Caixa anuncia renúncia de vice-presidente de Tecnologia do banco
Claudio Salituro comandava a área de Tecnologia e Digital; banco agradeceu ao dirigente pelas 'contribuições e profissionalismo'
Brasília|Do R7
A Caixa Econômica Federal informou, nesta segunda-feira (17), que o vice-presidente de Tecnologia e Digital, Claudio Salituro, pediu demissão "por questões pessoais". Em comunicado, o banco agradeceu ao dirigente pelas "relevantes contribuições, profissionalismo e dedicação".
Salituro é o quarto dirigente que deixa o banco desde as acusações sexuais contra Pedro Guimarães, que ocupou a presidência do principal banco público do país entre janeiro de 2019 e junho de 2022.
Até o momento, foram demitidos do cargo de vice-presidente ou pediram renúncia: o vice-presidente de Negócios de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, o vice-presidente de Logística, Antônio Carlos Ferreira, e a vice-presidente da Rede de Varejo, Camila de Freitas Aichinger.
Em julho deste ano, foram divulgados vídeos em que Salituro aparece constrangendo servidores da instituição. O material mostra o então vice-presidente falando palavrões com os funcionários e servidores terceirizados.
Investigação
Pedro Guimarães esteve na presidência da Caixa por três anos e seis meses e é investigado por denúncias de assédio sexual pelo MPF (Ministério Público Federal). De acordo com a apuração, os casos teriam ocorrido com empregadas do próprio banco. As mulheres afirmaram que se sentiram abusadas pelo economista em diversas ocasiões, sempre em eventos ou viagens de trabalho.
Há denúncias de aproximação física e toques indesejados. As investidas teriam ocorrido durante viagens realizadas por Pedro Guimarães e funcionários do banco.
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Dados da Controladoria-Geral da União (CGU) mostram que as denúncias de assédio sexual dentro do governo federal aumentaram 65% no ano passado em comparação com 2020. Em 2021, houve 251 manifestações, entre comunicações e denúncias, de assédio sexual em 95 unidades federais, entre elas diversos órgãos do governo, incluindo ministérios, universidades, institutos federais e hospitais. Já em 2020, o número foi de 152.