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Câmara discute nesta quinta projeto para garantir piso da enfermagem

Ideia é usar recursos que seriam destinados ao combate à Covid-19 para realizar os pagamentos à categoria

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Manifestação em defesa do piso nacional da enfermagem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Manifestação em defesa do piso nacional da enfermagem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

A Câmara dos Deputados deve votar, nesta quinta-feira (10), a proposta que garante o pagamento do piso salarial da enfermagem para 2023. De acordo com o projeto de lei complementar (PLP) 44/2022, do Senado, a ideia é prorrogar a liberação de recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde para que os entes federativos consigam arcar com o piso. 

O projeto, aprovado pelo Senado, libera cerca de R$ 4 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios a partir do uso de recursos anteriormente destinados ao combate à Covid-19, mas não utilizados. A votação na Câmara estava marcada para terça-feira (8), mas, após a discussão do projeto, foi suspensa e remarcada para esta quinta. 

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) lembrou que outro projeto de lei aprovado no Senado usa R$ 2 bilhões do mesmo fundo para as entidades privadas sem fins lucrativos que complementam o Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, pediu esclarecimentos sobre ser possível contemplar as duas propostas. "Para mim, parecem ser os mesmos recursos", disse. 

Piso suspenso

Ainda que o texto seja aprovado, a medida é apenas uma solução temporária para garantir o pagamento do piso da enfermagem. O piso foi aprovado pela lei 14.434/2022, que instituiu o piso nacional da enfermagem, aprovada no Congresso Nacional e sancionada em agosto. 


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A previsão é de que enfermeiros recebam, no mínimo, R$ 4.750. O salário-base de técnicos de enfermagem deve ser de 70% desse valor (R$ 3.325), enquanto a remuneração inicial de auxiliares de enfermagem e parteiras deve ser de 50% do piso (R$ 2.375).

No entanto, os pagamentos estão suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de não haver fonte de recursos garantida, como alegou o ministro Roberto Barroso, autor da decisão. Segundo o magistrado, a falta de verba prevista poderia levar a demissões no setor e poria em risco a prestação de serviços de saúde. 

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