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Câmara retira MP alternativa ao IOF da pauta, e medida vai perder a validade

Relatório foi ‘esvaziado’, e rejeição foi política, avaliam aliados do governo

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Câmera dos Deputados retirou de pauta a MP alternativa ao aumento do IOF.
  • A medida foi rejeitada com 251 votos a favor e 193 contra, perdendo validade no mesmo dia.
  • O governo buscou alternativas para compensar a arrecadação perdida, considerando reverter o aumento do IOF.
  • A oposição, incluindo partidos como PSD e PL, votou contra a proposta, o que reflete a antecipação das eleições presidenciais de 2026.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Problema com a MP é político, e não de mérito, avalia governo Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados - 07/10/2025

Por 251 votos a favor e 193 contra, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) a retirada de pauta da MP (Medida Provisória) alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Desse modo, a medida perderá a validade no fim do dia.

A retirada de pauta impede que a discussão entorno do texto e a votação do mérito ocorram. Temendo a derrota, o governo chegou a exonerar três ministros para conseguir aprovar o texto, mas não adiantou.


Houve diferentes reuniões de emergência ao longo do dia para que o governo tentasse salvar a proposta, e até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo, conversando com ministros e líderes do governo, mas o movimento não surtiu efeito.

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O Palácio do Planalto já avalia outras medidas para compensar a falta do montante que seria arrecadado pela MP em 2026, e uma das alternativas em avaliação é retomar o próprio aumento do IOF.


Na avaliação de aliados do governo, a derrota se deve à antecipação do jogo político das eleições presidenciais de 2026.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível candidato na disputa ao Palácio do Planalto, atuou para derrubar a medida, tendo telefonado para parlamentares para pedir votos contra a MP.


Bancadas como PSD, União Brasil, Republicanos e PP votaram contra o texto. O União, inclusive, fechou questão, sob risco de penalizar quem votasse a favor da medida.

O PL, maior partido da Câmara e de oposição, também orientou voto contra.


Com a rejeição da medida, o governo já fala em aumento de contingenciamento de recursos públicos, incluindo emendas parlamentares, que poderiam sofrer um bloqueio de até R$ 10 bilhões.

Com a rejeição da medida, o governo já fala em aumento de contingenciamento de recursos públicos, incluindo emendas parlamentares, que poderiam sofrer um bloqueio de até R$ 10 bilhões.

O que dizia o texto da MP

Em linhas gerais, a MP aumentava taxas financeiras sobre investimentos.

Inicialmente, a medida previa cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre as letras de crédito LCI (imobiliário) e LCA (agronegócio), o que incomodou parlamentares ligados ao agronegócio. O relator chegou a sugerir uma alíquota maior, de 7,5%, mas voltou atrás e decidiu manter esses investimentos isentos.

A MP também propunha ampliar a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) cobrada de entidades financeiras e fintechs, que subiria de 9% para 15%.

A proposta ainda aumentava o imposto sobre o GGR (Gross Gaming Revenue) de 12% para 18%. O GGR é o quanto uma casa de apostas realmente ganha com lances feitos pelos usuários. Após pressão, o relator também recuou e manteve a alíquota de 12%.

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