A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado adiou, mais uma vez, a análise do novo Código Eleitoral. A nova versão do projeto, produzida pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), estava prevista para ser apresentada nesta quarta-feira (2), mas a etapa foi transferida para o mês de maio.A mudança veio por diferentes pedidos para que o projeto seja mais discutido entre senadores. Entre as frentes, o novo Código reúne todas as regras eleitorais — desde orientações para partidos políticos até a definição dos critérios de inelegibilidade.A proposta define o prazo de oito anos para que um candidato fique impedido de concorrer, independentemente da gravidade do crime cometido. O tempo previsto segundo o código passaria a contar desde a decisão final em Justiça, o que poderia levar a perda de mandatos.A alteração, no entanto, pode diminuir o tempo em que políticos condenados ficam impossibilitados de se candidatar. Em outra frente, o projeto também estabelece a reserva de 20% das vagas a nível Legislativo para mulheres, o que, na prática, deixaria cadeiras na Câmara, Senado e em Casas de estados e municípios.Com as mudanças de cronograma, a CCJ passa a prever a realização de encontros para discutir pontos específicos das regras eleitorais, tendo a presença de especialistas. A intenção do Congresso é fazer com que as definições passem a valer nas eleições de 2026, o que reduz o tempo de análise no Senado. Além da CCJ, o texto precisa ainda passar pelo plenário e ser novamente avaliado entre deputados, tendo todas as etapas concluídas até outubro.Veja como fica o novo cronograma na CCJ:• 3 audiências públicas, às terças-feiras (9h);• 2 temas por sessão com 4 convidados por tema;• primeira audiência pública: 08/04 (próxima terça);• segunda audiência pública: 15/04;• terceira audiência pública: 29/04;• leitura do relatório: 07/05; e• votação do Código Eleitoral: 14/05.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp