O MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) pediu mais informações a SES-DF (Secretaria de Saúde do Distrito Federal) sobre o planejamento para a vacinação contra a dengue. O ofício também pede o número de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, público alvo da primeira etapa da vacinação, e solicita endereços das unidades que farão a imunização. O DF notificou 29,1 mil casos prováveis de dengue nas quatro primeiras semanas deste ano, segundo o Ministério da Saúde.
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O MP pede que a pasta informe se há um cronograma para a ampliação do público-alvo, tendo como base as doses fornecidas pelo Ministério da Saúde, e se há um plano estratégico para a aquisição de mais doses. O requerimento destaca a gravidade da situação no DF e a necessidade de medidas para a contenção da doença.
Segundo o procurador distrital dos direitos do cidadão, Eduardo Sabo, é preciso planejar a ampliação da imunização. “O Ministério Público acompanhará de perto o trabalho da Secretaria de Saúde e atuará, no que lhe couber, para que a população do Distrito Federal esteja protegida”, afirmou.
O R7 entrou em contato com a SES-DF e aguarda resposta. O espaço permanece aberto.
Dengue no DF
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (30) que houve um aumento de 982% dos casos da doença em relação ao mesmo período do ano passado. O dado foi divulgado durante reunião emergencial com a Secretaria de Saúde do DF e municípios do Entorno.
Atualmente, Goiás registra 12,6 mil casos prováveis da doença, com duas mortes e 27 óbitos em investigação. O aumento de casos no estado é de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.
Durante o evento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância do cuidado em casa. “Esse é um momento de prevenir e de cuidar. Precisamos ter muita clareza nisso, principalmente com o alto número de transmissão em casa. Então é um apelo para o trabalho do governo, mas também de cada família em sua casa."
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Nísia comentou a expectativa da chegada da vacina contra a dengue e ressaltou que o imunizante não é suficiente para frear os casos deste ano. “[A vacina] não terá um impacto nas situações atuais, a vacina é aplicada a cada três [meses], o que significa um tempo mais longo de proteção. Mas temos uma oferta do laboratório muito restrita para ser uma solução diante de uma situação de emergencial de agora”, disse.