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Com cenário indefinido, pelo menos dez partidos já têm pré-candidato

Legendas tentam se organizar com novas regras e apresentam nomes para ganhar espaço

Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília

Pleito deste ano vai exigir que partidos se organizem de forma diferente em relação a eleições passadas
Pleito deste ano vai exigir que partidos se organizem de forma diferente em relação a eleições passadas Pleito deste ano vai exigir que partidos se organizem de forma diferente em relação a eleições passadas

Em um ano de eleições, os partidos se preparam para costurar alianças e se fortalecer. Pelo menos dez nomes já foram apresentados aos eleitores como pré-candidatos à Presidência da República para o pleito de outubro deste ano. Apesar das movimentações intensas, o cenário só deve ficar mais claro a partir de abril, na avaliação de lideranças envolvidas nas negociações partidárias.

As principais siglas do país avaliam qual será sua posição em outubro, mas afirmam que o momento ainda é de espera. Isso se dá pela janela partidária, que estará aberta entre 3 de março e 1º de abril. Durante esse período, deputados com mandato poderão deixar os atuais partidos para aderir a outra sigla. Um dos que devem receber novos filiados é o PL, que espera que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se juntem à legenda.

Bolsonaro concorrerá à reeleição pelo PL e deve ter como adversários na corrida o ex-presidente Lula (PT), Sergio Moro (Podemos), o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB), o senador Alessandro Vieira (Cidadania), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o deputado André Janones (Avante) e o cientista político Luiz Felipe D’Ávila (Novo).

A expectativa é que o atual cenário se afunile nos próximos meses. Mesmo tendo sido recebido como pré-candidato, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem sido reticente sobre se concorrerá ou não ao cargo. Aliados afirmam que o senador mineiro tem alta visibilidade por ser presidente do Senado e deve aguardar as movimentações em torno da janela partidária e da formação de federações até tomar uma decisão.

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O PSD já começou a buscar outros nomes para apresentar à disputa. O mais cotado nos últimos dias é o atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Apesar de ainda estar filiado ao PSDB, o governador gaúcho perdeu as prévias do partido, no ano passado, para o governador de São Paulo, João Doria.

Federações

A federação é a principal novidade deste ano, com a proibição de coligações partidárias para as eleições de deputados estaduais e federais. Apesar de a modalidade — em que os partidos se unem apenas para o momento eleitoral, sem garantia de permanência do bloco após as eleições — ainda ser permitida para os cargos de governador, senador e presidente, os partidos que quiserem se unir para formar bancadas no Congresso precisarão organizar federações ou agir sozinhos.

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No caso de uma federação, os partidos que confirmarem essa união deverão agir juntos durante os próximos quatro anos. De acordo com a lei aprovada pelo Congresso no ano passado, as federações deverão não apenas permanecer juntas, mas ter também um estatuto conjunto e seus filiados deverão ter um comportamento unificado nas bancadas eleitas.

Outro cenário embaralhado até o momento é o dos candidatos considerados terceira via, mais identificados com o centro. Além de nomes ainda relativamente desconhecidos, os partidos aos quais pertencem esses pré-candidatos discutem a possibilidade de se unirem em uma federação.

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São eles o PSDB de Doria%2C o MDB de Simone Tebet e o Cidadania de Alessandro Vieira. Os três partidos discutem com o recém-criado União Brasil — nascido da fusão entre Democratas e PSL — constituir uma federação para essas eleições.

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A federação traria mais benefícios a esses partidos em termos de formação de bancadas dentro do Congresso, mas pessoas ligadas às conversas admitem dificuldades dentro deles. Caso a federação seja confirmada, os partidos também terão de decidir qual dos três candidatos terá mais chances como nome do grupo para a disputa.

Recentemente, o Cidadania bateu o martelo em relação à federação com o PSDB. Em uma votação realizada pelo diretório nacional da sigla, o Cidadania decidiu-se por uma federação com os tucanos em vez de com o PDT de Ciro Gomes. Mesmo com a resolução para federação, o partido afirmou que manterá a candidatura de Alessandro Vieira por enquanto.

Após o prazo para a formação de federações, o mundo político deve se voltar para a campanha eleitoral propriamente dita e para a organização com mais precisão das questões burocráticas e dos palanques estaduais entre junho e julho. A campanha tem início em 16 de agosto. Os debates entre candidatos à Presidência também estão previstos para a primeira semana do mês. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro.

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