Com ministérios na Esplanada, União e PP apoiam obstrução de oposicionistas no Congresso
Juntas, legendas possuem quatro pastas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
RESUMO DA NOTÍCIA
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A federação União Progressista informou, nesta quarta-feira (6), que orientou os deputados e senadores da bancada a não registrarem presença nos plenários hoje, aderindo à obstrução capitaneada pela oposição.
Juntos, os partidos possuem quatro ministérios na Esplanada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Diante do legítimo movimento de obstrução feito pela oposição, a federação União Progressista orientou a bancada a não registrar presença em plenário no dia de hoje nas duas Casas”, informou em nota a federação.
No documento, eles defenderam o diálogo como “único caminho possível para encontrar soluções” que devolvam a normalidade dos trabalhos no Congresso.
Desde a tarde de terça-feira (5), os oposicionistas ocupam as mesas diretoras da Câmara e do Senado.
Os alvos da pressão são os presidentes das Casas, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os oposicionistas utilizaram esparadrapos na boca e ocuparam as mesas diretoras. Desde a madrugada até a publicação desta reportagem, os plenários seguem ocupados.
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O grupo busca pressionar os presidentes das duas Casas legislativas a incluir na pauta a votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro — incluindo Bolsonaro —, o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado para autoridades.
Tentando abrir diálogo, Motta e Alcolumbre convocaram duas reuniões de líderes, separadamente, para esta tarde. A oposição, contudo, não vai ao encontro, pois quer conversar sem a presença dos líderes do governo.
Repetidas violações
Ao determinar a detenção de Jair Bolsonaro em regime domiciliar, o ministro Alexandre de Moraes apontou repetidas violações às medidas impostas anteriormente pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão destaca conduta “deliberada e consciente” do ex-presidente para atrapalhar investigações, coagir autoridades e desrespeitar decisões judiciais.
Entre as restrições impostas, estão a proibição total de visitas — com exceção de advogados constituídos e familiares próximos —, veto ao uso de celulares, gravações e qualquer forma de contato com embaixadores ou outros investigados.
Moraes também advertiu que novas violações resultarão na decretação imediata da prisão preventiva, conforme previsto no Código de Processo Penal.
O processo em curso, PET 14129, apura possíveis crimes como coação no andamento de investigações, tentativa de obstrução de apurações sobre organização criminosa e ações para abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.
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