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R7 Brasília

Comissão no Senado vai ouvir a viúva do indigenista Bruno Pereira

Beatriz Matos participará de uma audiência pública da Comissão Temporária sobre a Criminalidade na Região Norte nesta quinta

Brasília|Do R7, em Brasília

O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no AM
O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no AM

A viúva do indigenista Bruno Pereira, Beatriz Matos, deverá ser ouvida na manhã desta quinta-feira (14) durante uma audiência pública da Comissão Temporária sobre a Criminalidade na Região Norte, no Senado. Esta será a quarta reunião do colegiado. O líder indígena Jader Marubo, ex-coordenador da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), também deverá ser ouvido.

O objetivo é ouvir as famílias das vítimas, obter informações sobre a crescente criminalidade na região do Vale do Javari e a atuação da Funai (Fundação Nacional do Índio) e fiscalizar as ações do governo em relação aos casos.

"Na última reunião, os senadores aprovaram o relatório sobre a diligência realizada em Atalaia do Norte (AM) e Tabatinga (AM) por integrantes da comissão, em 30 de junho. No texto, do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o colegiado pediu à Justiça Federal e ao Ministério Público a federalização das investigações", informou o Senado.

Relembre o caso

O indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips desapareceram no dia 5 de junho, após terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari, região com o maior registro de povos isolados no mundo. A área (veja detalhes no infográfico abaixo) sofre pressão há anos pela atuação de narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais que tentam expulsar povos tradicionais da região.


Bruno era servidor da Funai, mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019. Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para os jornais The New York Times, The Washington Post e The Guardian.

No dia 15 de junho, a Polícia Federal localizou os restos mortais dos dois. A corporação encontrou os cadáveres depois de o pescador Amarildo da Costa confessar os assassinatos e levar policiais até o local onde havia enterrado os cadáveres.

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