Congresso defende resposta diplomática à taxação dos EUA
Presidentes afirmam estar prontos para agir ‘com equilíbrio e firmeza’ na defesa da economia brasileira
Brasília|Lis Cappi e Rute Moraes, do R7, em Brasília

O Congresso vai acompanhar os desdobramentos da taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil e defende que as negociações para evitar impactos econômicos a setores da economia brasileira fiquem centralizadas nos âmbitos diplomático e comercial.
A posição faz parte de comunicado conjunto, assinado pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgado nesta quinta-feira (10).
Na nota, os representantes do Congresso também afirmam que estão prontos para agir com “equilíbrio e firmeza” para apoiarem o setor produtivo e protegerem empregos.
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Alcolumbre e Motta lembram a aprovação pelo Congresso da Lei de Reciprocidade Econômica, que permite ao Brasil responder da mesma maneira a eventuais reações de outros países.
“Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania”, diz trecho do comunicado.
A proposta mencionada foi aprovada por parlamentares e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano. Ela avançou como resposta a outro pacote de tarifas que havia sido anunciado por Donald Trump. À época, o aumento alcançava quase 190 países e blocos econômicos.
Leia a íntegra do comunicado do Congresso:
A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial.
O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica.
Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania.
Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros.
Entenda a crise entre Brasil e EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu iniciar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.
A previsão é de que a medida passe a valer em 1º de agosto. O movimento veio em meio ao confronto entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
Adversários ideológicos, os dois chefes de Estado reacenderam a tensão após recentes episódios envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Brics, realizada no Brasil.
Na quarta-feira (9), Trump enviou uma carta a Lula informando a medida. Segundo o presidente norte-americano, trata-se de resposta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas dos Estados Unidos e ao tratamento dado a Bolsonaro.
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