Conib diz que falas ‘desequilibradas’ de Lula sobre Israel não ‘contribuem’ para paz
Em discurso na ONU, presidente voltou a afirmar que Israel comete ‘genocídio’ na Faixa de Gaza com ‘matança indiscriminada’
Brasília|Do R7, em Brasília
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A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (22) durante sessão da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a Palestina.
O petista voltou a condenar os “atos terroristas” do grupo Hamas contra Israel, em referência aos ataques de 7 de outubro de 2023. No entanto, Lula afirmou novamente que a ação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”.
Para a Conib, as declarações de Lula são “antissemitas”, “mentirosas”, “desequilibradas” e “em nada contribuem para a paz na região”.
“Acusar judeus de matar mulheres e crianças deliberadamente é uma das mais antigas acusações antissemitas da história. E Lula faz isso desconsiderando os fatos e a tradição diplomática brasileira de moderação e busca do diálogo”, escreveu, em nota, a confederação (leia o texto na íntegra abaixo).
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O petista está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU. O discurso de abertura da conferência, tradicionalmente feito pelo Brasil, ocorre nesta terça (23).
O evento em prol da Palestina ocorre em paralelo à Assembleia Geral. A 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados foi convocada pela França e Arábia Saudita.
Em julho, o governo brasileiro anunciou que está em fase final para entrada formal no processo em curso na Corte Internacional de Justiça contra Israel.
A ação foi apresentada pela África do Sul com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
A adesão à ação foi finalizada nos últimos dias.
Discurso de Lula
No evento sobre a Palestina nesta segunda, Lula destacou que “como apontou a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados [grupo da ONU], não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”.
“Os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis. O Brasil foi enfático ao condená-los. Mas o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”, acrescentou o brasileiro.
Na declaração, Lula voltou a defender a criação do Estado da Palestina e criticou novamente o Conselho de Segurança da ONU.
“Tanto Israel, quanto a Palestina têm o direito de existir. Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz. Saudamos os países que reconheceram a Palestina, como o Brasil fez em 2010. Já somos a imensa maioria dos 193 membros da ONU”, destacou.
“Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade”, completou Lula.
Nota da Conib
Conib lamenta novo ataque de Lula contra Israel em feriado judaico
A Conib lamenta que, em pleno feriado do Ano Novo judaico, o presidente Lula mais uma vez faça acusações mentirosas contra Israel, agora em foro internacional. Acusar judeus de matar mulheres e crianças deliberadamente é uma das mais antigas acusações antissemitas da história. E Lula faz isso desconsiderando os fatos e a tradição diplomática brasileira de moderação e busca do diálogo. O trágico conflito no Oriente Médio começou há quase dois anos, depois de um ataque bárbaro e genocida de terroristas do Hamas contra civis israelenses, o maior ataque contra judeus desde o Holocausto.
Se o presidente Lula está interessado no fim da guerra, deveria pedir que o Hamas devolva os reféns que mantém nas masmorras de Gaza há quase dois anos e que o grupo terrorista deponha suas armas. Suas manifestações desequilibradas em nada contribuem para a paz na região.
Perguntas e Respostas
Qual foi a reação da Conib às declarações de Lula sobre Israel?
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma sessão da ONU, considerando-as antissemitas, mentirosas e desequilibradas, afirmando que não contribuem para a paz na região.
O que Lula disse em seu discurso na ONU?
No discurso, Lula condenou os “atos terroristas” do grupo Hamas contra Israel, mas também reiterou que a ação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”.
Como a Conib caracterizou as acusações feitas por Lula?
A Conib afirmou que acusar judeus de matar mulheres e crianças deliberadamente é uma das mais antigas acusações antissemitas da história e criticou Lula por desconsiderar os fatos e a tradição diplomática brasileira de moderação e busca do diálogo.
Qual foi o contexto da presença de Lula na ONU?
Lula está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, onde o discurso de abertura, tradicionalmente feito pelo Brasil, ocorrerá no dia seguinte, 23 de outubro.
O que foi destacado por Lula sobre a situação em Gaza?
Lula mencionou que, segundo a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados da ONU, a palavra “genocídio” é a mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza. Ele também enfatizou que, embora os atos do Hamas sejam inaceitáveis, o direito de defesa não justifica a matança indiscriminada de civis.
Quais foram as críticas de Lula ao Conselho de Segurança da ONU?
Lula criticou o Conselho de Segurança da ONU e defendeu a criação do Estado da Palestina, afirmando que tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir e que a efetivação do Estado palestino é essencial para o diálogo e a paz.
Qual foi a posição da Conib em relação ao discurso de Lula durante o feriado judaico?
A Conib lamentou que Lula tenha feito acusações contra Israel em um foro internacional durante o feriado do Ano Novo judaico, reiterando que suas declarações desequilibradas não ajudam na busca pela paz na região.
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