A Meta informou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que o perfil em uma rede social da empresa atribuído à mulher do tenente-coronel Mauro Cid que teria sido usado pelo militar de forma indevida foi criado com o email maurocid@gmail.com.Além da Meta, o Google enviou informações ao STF sobre o email maurocid@gmail.com. Segundo os documentos fornecidos, a data de nascimento do proprietário desse email é 17 de maio de 1979. Essa também é a data de nascimento de Mauro Cid.Ainda de acordo com o Google, o nome do titular da conta é Mauro Cid, e o email de recuperação também tem o nome do militar: cid_mauro@yahoo.com.br.Por meio do perfil na rede social da Meta com o nome da própria mulher, Cid teria mantido conversas com outras pessoas sobre as informações prestadas ao longo da investigação sobre um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.Moraes tinha ordenado que a Meta preservasse integralmente o conteúdo do perfil em questão e enviasse informações detalhadas sobre esse usuário à corte.Além disso, o ministro tinha determinado que a empresa fornecesse todos os dados cadastrais do perfil, incluindo email, número de celular e outros dados vinculados, além de verificar a existência de logins associados e eventuais acessos por meio de computadores ou notebooks.Cid está proibido de utilizar redes sociais como medida cautelar. Segundo a defesa, ele jamais usou o perfil em questão e desconhece sua existência, embora reconheça a coincidência entre o nome das contas e o de sua esposa.O advogado Luiz Eduardo Kuntz, que defende o coronel do Exército e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Marcelo Costa Câmara, um dos réus no STF por tentativa de golpe de Estado, apresentou à corte uma série de conversas que teria tido com Mauro Cid pela rede social com o nome da mulher do tenente-coronel.Em um dos primeiros contatos, Cid enviou uma selfie para garantir que era ele mesmo que estava mandando as mensagens. Segundo o advogado, o tenente-coronel decidiu enviar a selfie de forma voluntária. A foto era de visualização única, e Kuntz tirou um print da imagem.Os documentos apresentados por Kuntz mostram os dois conversando sobre detalhes do acordo de delação premiada fechado por Cid ao longo das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.Kuntz e Cid teriam trocado mensagens sobre a delação de janeiro a março de 2024. Em uma das mensagens atribuída ao tenente-coronel, ele teria dito que “várias vezes eles queriam colocar palavras na minha boca”. Segundo o militar, embora não o tenham ameaçado, a “ameaça estava velada”.Além disso, Cid expressa que “eles já têm o final da história” e que “agora têm que construir o caminho”. O militar ainda afirma que “eles já têm a narrativa pronta” e que “eles não querem a verdade”.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp