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R7 Brasília

Coronel da PM diz a distritais que falha em 8 de janeiro foi da Inteligência da Segurança do DF

Declaração de Jorge Eduardo Naime foi feita durante depoimento à CPI dos Atos Extremistas, na CLDF, nesta quinta-feira (16)

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Plenário do STF depredado após os atos de 8 de janeiro
Plenário do STF depredado após os atos de 8 de janeiro

"A Inteligência do Governo do Distrito Federal foi a responsável pela falha no dia 8 de janeiro." A declaração foi feita pelo coronel da Polícia Militar do DF, Jorge Eduardo Naime, em depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Extremistas nesta quinta-feira (16). O coronel respondia a um questionamento do deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), que quis saber quais outros órgãos teriam falhado além da PM.

“O dia da posse foi um show, e era a mesma polícia. Apenas uma semana depois, no 8 de janeiro, houve uma falha "grotesca". Isso envolve órgãos de segurança que sabiam que tinha ônibus chegando, clima hostil e mensagens nas redes. Quais outros órgãos que falharam?”, questionou o distrital.

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Naime era o chefe do Departamento de Operações (DOP) da PM, que articula e prepara tropas para eventos como as manifestações de 8 de janeiro. Porém, na data, ele estava de folga. Primeiro ele disse não ter como avaliar a atuação dos outros órgãos. “A grande falha que acarretou grande parte do problema e um efetivo da PM menor do que deveria ser foi a inteligência”, defendeu.

O deputado Pastor Daniel insistiu e lembrou que várias agências de inteligência estavam atuando às vésperas dos protestos que resultaram na invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. O coronel, respondeu então que "a principal falha teria sido da Inteligência do DF".


Responsabilidade da PM

Em outra parte do depoimento, Naime disse que se surpreendeu com a facilidade com que os manifestantes invadirm os prédios dos Três Poderes. Mas disse que a corporação não tinha recebido relatóriso de segurança, apenas informes que atrapalharam o planejamento.

O secretário de Segurança à época, o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, está preso por suspeita de omissão dolosa nos protestos de 8 de janeiro. Ele estava nos Estados Unidos quando manifestantes invadiram os prédios dos Três Poderes.


Informação divergente

Em outro depoimento à CPI, em 9 de março, a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, Marília Ferreira Alencar, deu uma versão diferente do que foi dito por Naime aos distritais. Ela afirmou que todas as autoridades estavam informadas sobre os riscos de 8 de janeiro.

De acordo com a ex-subsecretária, as informações repassadas sobre a vinda de manifestantes e o planejamento de um ato na Esplanada também foram tratadas na reunião com o secretário-executivo de Segurança, em que ficou definido o Protocolo de Ações Integradas (PAI), que não teria sido cumprido pela Polícia Militar do Distrito Federal.

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