Supremo Tribunal Federal após depredação causadas por manifestantes extremistas no dia 8 de janeiro de 2023
Valter Campanato/Agência BrasilO ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve ser um dos primeiros convocados a depor na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF. O colegiado vai investigar os responsáveis, no Distrito Federal, pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro e à tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em 12 de dezembro.
O deputado distrital Joaquim Roriz Neto (PL) está com o requerimento para ouvir Torres pronto, e aguarda apenas a instauração do colegiado para solicitar o depoimento. Além de um requerimento aprovado pelos parlamentares, porém, a presença de Torres na Câmara dependerá de autorização da Justiça e translado da Secretaria de Administração Penitenciária do DF.
A expectativa era que o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), anunciasse o presidente, o vice e o relator na primeira sessão ordinária da Casa, nesta quarta (1º). A instauração, porém, foi adiada por conta de uma disputa interna pela presidência e pela relatoria do grupo. Torres está preso suspeito de omissão na invasão do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Roriz Neto quer ouvir também Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi filmado quebrando um relógio do século 17. A peça de museu foi um presente da corte francesa ao então rei Dom João 6º, e ficava no 3º andar do Palácio do Planalto. “Precisamos que a CPI investigue a quebra de sigilo das pessoas que estavam nos atos, para ver se têm ligações com políticos, se agiram por conta própria ou se foram financiados”, destacou o parlamentar.
Os membros da CPI vão se reunir nesta quinta-feira (2) para tentar chegar a um consenso sobre quem assumirá a presidência e quem assumirá a relatoria e, se houver quórum, a expectativa é que a instauração do colegiado ocorra durante a segunda sessão ordinária do ano.