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R7 Brasília

CPI da Câmara Legislativa quer convocar Alan dos Santos para depoimento secreto

Para o deputado Chico Vigilante, responsável por tentativa de explosão em aeroporto sabe mais do que revelou em depoimento

Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília

Deputado Chico Vigilante (PT) é o presidente da CPI
Deputado Chico Vigilante (PT) é o presidente da CPI

O presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirmou nesta quinta-feira (29) que pretende convocar Alan Diego dos Santos, condenado por tentar explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado, para uma sessão secreta.

Segundo o parlamentar, o depoente deixou transparecer que sabe mais do que revelou em seu depoimento aberto para a imprensa. "Ele está aterrorizado. Ele disse que a família dele, a mãe, os filhos, e a mulher estão correndo risco. Ele foi mandado por alguém, então vamos convocar ele em uma sessão secreta para que ele diga tudo o que sabe. Em seguida, vamos repassar o depoimento para a Polícia Federal, que é quem investiga terrorismo, e para Polícia Civil do DF", informou o parlamentar.

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"Ele disse que também tinha outros locais que ele poderia ter colocado a bomba e confirmou isso aqui: da tentativa que eles tinham de derrubar as torres de alta tensão de Furnas. Ele foi mandado, ele foi manipulado. Ele está com medo", concluiu Chico Vigilante.

Para o relator da CPI, deputado distrital Hermeto (MDB), o depoente está desorientado. "Pessoas assim, eu fui policial [militar] por muitos anos, são fáceis de serem manipuladas. O que parece, e é uma opinião pessoal minha, é que esse cidadão foi cooptado para fazer esse trabalho", argumentou.


"Tem alguém por trás dele, alguém que manipulou, ele não tem o raciocínio muito lógico", avaliou o parlamentar.

Ameaça

Durante seu depoimento, Alan dos Santos contou aos parlamentares que a bomba que ele levou até os arredores do aeroporto não explodiu porque ele impediu. "Eu informei as autoridades, mandei mensagens e informei. Se as autoridades fossem lá, ela não ia explodir". De acordo com ele, a dinamite explodiria se alguém acionasse o detonador. Ele se negou, no entanto, a dizer quem era o responsável por detonar o explosivo, sob a justificativa de que está sendo ameaçado.

O depoente também fez uso de direito concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, permanecendo em silêncio e não respondendo a diversas perguntas.

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