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CPI das Pirâmides Financeiras vai pedir quebras de sigilo de 'sheik dos bitcoins', diz presidente

Francisley Valdevino vai depor na comissão nesta quinta (3); ele é acusado de dar prejuízo de mais de R$ 1 bilhão a investidores

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Francisley é acusado de desviar milhões de reais
Francisley é acusado de desviar milhões de reais Francisley é acusado de desviar milhões de reais

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, vai pedir as quebras de sigilo bancário, telemático e de dados de Francisley Valdevino da Silva, conhecido como "sheik dos bitcoins". A informação foi confirmada ao R7 pelo presidente da CPI, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Francisley vai depor na comissão nesta quinta-feira (3).

"A CPI vai pedir as quebras de sigilo bancário, telemático, de dados, de tudo. Primeiro, vamos ouvi-lo. Ele, de livre e espontânea vontade, pode falar e dar informações preciosas para acrescentarmos nos requerimentos de quebra. Primeiro, vamos trabalhar com o depoimento dele", afirmou o deputado. Ainda não há pedidos do tipo protocolados na CPI.

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Francisley é suspeito de chefiar um esquema de pirâmide e desviar milhões de reais aplicados em investimentos financeiros. O "sheik" chegou a ser preso, em novembro do ano passado, em Curitiba (PR). Ao menos 15 mil pessoas dizem ter investido dinheiro com ele e perdido o valor.

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Solto em junho deste ano, Francisley responde a 1.300 processos na Justiça. O próprio "sheik" estima que a dívida com clientes seja de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões. No entanto, as 91 empresas criadas por ele, entre empreendimentos de roupas, limpeza, vinícolas e gravadora, chegaram a movimentar R$ 4 bilhões.

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"O que a gente espera do Francisley é que ele colabore com a CPI, primeiro no sentido da repressão [a pirâmides financeiras], de entender o que aconteceu e como. Depois, temos o papel fundamental de prevenir, para que não aconteça de novo. Temos uma função pedagógica na CPI, explicar para a população que não existe esse modo de conseguir dinheiro com facilidade, não existe essa garantia de rendimento que eles colocam", declarou o presidente da CPI.

O deputado afirmou que o colegiado também pretende receber o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. No entanto, ainda não há requerimentos na CPI para ouvi-lo.

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"Estamos apenas esperando mais informações [para chamá-lo]", completou Ribeiro, ao destacar que o grupo não tem intenções de chamar o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. "A PF tem uma investigação paralela e está nos auxiliando." A Polícia Federal, de acordo com o presidente, não concluiu a indicação dos agentes que vão contribuir com os parlamentares. 

Na reunião da CPI desta quarta (2), os deputados aprovaram a colaboração com órgãos investigativos e do sistema financeiro, como o Banco Central, a PF, a Receita Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ligada ao Ministério da Fazenda.

Já estamos conversando com Andrei%2C que vai disponibilizar quadros da PF para auxiliar nas investigações. A CPI não tem foco em ministros%2C mas%2C sim%2C em órgãos. A CVM e o BC%2C inclusive%2C já têm medidas sendo tomadas [quanto às pirâmides financeiras].

(Deputado Áureo Ribeiro, presidente da CPI das Pirâmides Financeiras)

Áureo Ribeiro estima que as vítimas das fraudes em pirâmides financeiras somem 1 milhão de brasileiros. "É um sistema terrível, que destrói sonhos e esperanças. As pirâmides têm atrapalhado a economia popular e atacado os mais vulneráveis. É um atrativo, e as pessoas veem pela facilidade", lamentou.

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