CPI do MST aprova convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa
Parlamentares querem detalhes dos relatórios produzidos pela Abin sobre a atuação do movimento social
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) aprovou, nesta terça-feira (1º), a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Os parlamentares querem ouvi-lo sobre os relatórios da atuação do movimento social produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que atualmente está subordinada à Casa Civil.
O ministro também deve ser questionado sobre as invasões de terra que ocorreram na Bahia na época em que ele era governador do estado.
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O objetivo da oposição na CPI é investigar os financiadores do MST, que, junto com outros grupos ligados à questão agrária, promoveu cerca de 60 invasões em 2023, segundo um levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Desde junho a oposição tenta convocar o ministro. No entanto, os governistas conseguiram um acordo para a retirada de pauta dos requerimentos.
Governistas se reúnem para discutir nova estratégia contra a oposição na CPI
A ala governista da CPI do MST quer traçar uma estratégia contra a oposição nas reuniões do colegiado. Desde maio, quando a comissão foi instalada, o governo tem sofrido sucessivas derrotas na CPI, que é dominada por parlamentares da bancada ruralista.
Na primeira fase da comissão, os governistas apostaram no discurso do “apelo social” em defesa do MST e argumentaram que o movimento promove a agricultura familiar, é “o maior produtor de arroz orgânico do Brasil” e tem consciência ambiental.
No entanto, por serem minoria, os parlamentares não conseguiram quórum para a aprovação de requerimentos, o que faz com que se mantenham na defensiva. É por isso que interlocutores do grupo governista têm defendido uma posição mais combativa nas reuniões, mesmo que seja durante os discursos.