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R7 Brasília

CPI dos Atos Antidemocráticos vai ficar para depois da posse dos novos senadores, diz Pacheco

Segundo o atual presidente do Senado, existe 'fato determinado' para a abertura dos trabalhos da comissão a partir de 1º/2

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Plenário do Senado após depredação ocorrida no domingo
Plenário do Senado após depredação ocorrida no domingo

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não vai instaurar comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar a invasão dos prédios dos Três Poderes e as depredações antes da posse dos novos senadores e da eleição do presidente da Casa para os próximos dois anos, em 1º de fevereiro. Ele, entretanto, diz haver "fato determinado" para instalar os trabalhos. Já há adesão suficiente de senadores para protocolar o requerimento.

Na avaliação de Pacheco, é "adequado" que os acontecimentos do último domingo (8) se tornem objeto de uma CPI. Ele reforçou o posicionamento favorável a aprovar um requerimento para os trabalhos, mas ponderou que uma confirmação "ficaria parecendo promessa de campanha". Pacheco pretende concorrer à reeleição para o cargo de presidente da Casa.

Nesse intervalo, senadores articulam a instalação de uma comissão especial para adiantar os trabalhos da futura CPI. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) destacou a medida como uma forma de dar celeridade às apurações.

Outros temas para o 'novo' Senado

Outro tema que ficará para a nova composição do Senado é a análise dos vetos à Lei de Segurança Nacional (LSN). "Tanto a comissão parlamentar de inquérito [CPI] quanto a apreciação de vetos ficará para o início da legislatura, logo após 1º de fevereiro", reiterou.


Em entrevista coletiva após a sessão que aprovou o projeto de intervenção federal na segurança pública do DF, Pacheco rechaçou as invasões e atos de vandalismo dos extremistas no Palácio do Planalto e nos prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O senador reforçou a participação da Polícia Legislativa Federal para punir individualmente os responsáveis.

Quanto à responsabilização dos gestores do DF pela atuação da força de segurança local, que não conseguiu conter os extremistas, Pacheco defendeu o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB).

"Conheço Ibaneis de antes da política. É mais fácil ele ter sido induzido a erro", disse. Ambos são advogados e atuavam na área antes de ingressar na vida política. Ainda assim, Pacheco disse acreditar que "o acontecimento poderia ter sido evitado", mas prefere "confiar nas forças de segurança".

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