CPMI cancela reunião que ouviria policial agredida por manifestantes no 8 de Janeiro
A oitiva foi cancelada por causa de uma viagem de última hora da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que investiga ações e omissões durante os atos extremistas no começo de 2023, cancelou a reunião que estava prevista para esta quinta-feira (10), com a oitiva de Marcela da Silva Morais Pinno, cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A policial chegou a ser jogada de uma altura de 3 metros da cúpula do Congresso pelos invasores das sedes dos Três Poderes no dia das invasões. O depoimento dela será reagendado.
Segundo o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), a reunião foi cancelada por causa de uma viagem de última hora da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que é a relatora do colegiado.
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"Em função do falecimento de uma pessoa muito ligada à senadora Eliziane Gama e da necessidade de seu deslocamento imediato ao Maranhão, e considerando que não há sentido em fazer uma oitiva sem a presença da relatora, decidimos cancelar a reunião da CPMI desta quinta. Meus sinceros sentimentos a Eliziane. Estão mantidos os depoimentos da próxima semana: terça (15), Adriano Machado; quinta (17), Walter Delgatti", informou Maia.
Nova convocação de Silvinei Vasques
Mais cedo, Eliziane defendeu a ideia de que o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso na manha desta quinta-feira por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral, seja reconvocado a prestar depoimento aos parlamentares.
“Mais do que nunca, a partir dessa prisão, está clara a necessidade de reconvocação para fazer uma compatibilidade, a partir dos documentos que nós levantamos, com a fala que ele trouxe na comissão”, afirmou a relatora.
A CPMI recebeu uma série de documentos sigilosos de teor bancário e fiscal, mas ainda aguarda quebras telemáticas. Também não há compartilhamento dos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF), já que a comissão entendeu que se trata de um material com investigação ainda em curso.