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R7 Brasília

CPMI do 8/1 ouve general Heleno nesta terça; votação de novas convocações também está prevista

Pedido do depoimento partiu, sobretudo, de governistas, que querem saber se o ex-GSI de Bolsonaro teve envolvimento nos atos

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Heleno não detalhou o que espera do depoimento
Heleno não detalhou o que espera do depoimento

O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno, depõe na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça-feira (26). O militar confirmou a presença ao colegiado, que quer entender se houve participação direta ou indireta dele nos atos extremistas.

Vários parlamentares solicitaram a presença do ex-GSI na comissão, sobretudo os governistas. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse, no requerimento, que a convocação "trará informações de enorme valia para a condução dos trabalhos".

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A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer questionar supostos encontros entre Heleno e pessoas envolvidas nos atos extremistas, incluindo presos durante a invasão dos prédios dos Três Poderes. 

"É necessário que o depoente esclareça, entre outras coisas, seu envolvimento direto ou indireto em fatos que possuam nexo de causalidade na tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023", diz um dos pedidos para ouvir Heleno, que, apesar de confirmar a presença, não detalhou o que espera do depoimento.


Outro ponto que vincula o general ao 8 de Janeiro é o fato de dois membros da sua gestão no GSI — os generais de divisão Carlos José Russo Assumpção Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues — estarem trabalhando no órgão no dia dos ataques. Os dois foram exonerados no dia 23 de janeiro.

Votação de novas convocações

Além do depoimento do ex-GSI, a CPMI planeja votar uma última rodada de novos requerimentos de convocação. De acordo com o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), serão seis pedidos: quatro da base governista e dois da oposição. A promessa é votar em um único bloco para garantir a aprovação ou rejeição integral.


"Ou serão aprovados todos, ou serão rejeitados todos. Não há possibilidade de aprovar do governo e rejeitar da oposição. É tudo ou nada, e não vou admitir destaque", afirmou Maia.

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No entanto, a ala ligada ao governo quer incluir outros pedidos. A principal reivindicação é pela quebra de sigilo de dados financeiros de Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

"Não é possível terminar essa CPMI sem os RIFs [Relatórios de Inteligência Financeira] de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro. Para fazermos qualquer tipo de acordo, isso é algo essencial para que a gente vote", afirmou o deputado Rogério Correia (PT-MG).

A própria relatora tem novas demandas. Ela articula a ida do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha durante a gestão de Jair Bolsonaro. O requerimento tem como base revelações feitas pela imprensa que mostram que o militar teria apoiado uma suposta trama de golpe de Estado.

Outro nome levantado por Eliziane para comparecer à CPMI é Filipe Martins, assessor informal de Bolsonaro que teria entregado ao ex-presidente a minuta do golpe.

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