Crianças serão vacinadas 48h após chegada de doses, diz governador
Wellington Dias afirma que 'a maioria dos estados' poderá atender a esse prazo; doses devem chegar na segunda quinzena deste mês
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
O governador do Piauí, Wellington Dias, disse nesta terça-feira (4) que os estados brasileiros se preparam para iniciar a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid 48 horas após a entrega das doses pelo Ministério da Saúde. A previsão é que o país receba os imunizantes para esse público na segunda quinzena de janeiro.
"Estamos trabalhando aqui toda uma estrutura para rapidamente fazer a distribuição. É possível na maioria dos estados já em 48 horas garantir a presença dessas vacinas em todos os municípios, já começar a vacinação após a entrega em cada estado e ao mesmo tempo assegurar celeridade. É importante a vacinação dessas crianças para o calendário também da educação”, destacou Dias.
Em vídeo públicado nesta manhã, o governador afirmou que na última reunião do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) foi confirmada a previsão de chegada dos frascos em 10 de janeiro. A Pasta ainda não definiu um cronograma para a ampliação da campanha.
O governo federal encerrou no último domingo (2) uma consulta pública sobre o tema. Para esta terça-feira, está prevista uma audiência pública para debater a vacinação infantil contra a Covid-19.
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Uma decisão sobre a imunização desse público deve ser divulgada pelo ministério nesta quarta-feira (5). A data marca o fim do prazo estabelecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para que a Pasta preste esclarecimentos sobre a consulta pública. Uma outra determinação da Corte exige que o governo divulgue até essa mesma data se vai permitir a vacinação dessa faixa etária.
Nesta segunda-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que as doses do imunizante para o público de 5 a 11 anos devem chegar ao país na segunda quinzena de janeiro. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a aplicação de doses menores em crianças em 16 de dezembro.
Desde então, há um impasse em torno do assunto, já que o presidente Jair Bolsonaro criticou a medida. Por isso o ministério chegou a afirmar que a imunização não seria compulsória e que poderia ser exigida prescrição médica para ministrar os imunizantes.