Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Custo Brasil pode cair R$ 530 bilhões até 2035 com priorização de seis áreas

Análise inclui melhorias em políticas públicas de infraestrutura, insumos básicos e impostos

Brasília|Do R7, em Brasília

Plataforma foi lançada por Alckmin nesta quarta Marcelo Camargo/Agência Brasil - 27.11.2024

O chamado ”Custo Brasil” pode ser reduzido em R$ 530 bilhões até 2035 se políticas públicas em seis áreas estratégicas forem priorizadas. Os setores analisados incluem infraestrutura, impostos e acesso a insumos básicos. O “Custo Brasil” reúne as barreiras burocráticas, financeiras e estruturais que aumentam os valores para novos investimentos no país. Dentro desse cálculo, entre 2021 e 2023, já houve queda de R$ 86,71 bilhões.

LEIA MAIS

As informações são do Observatório do Custo Brasil, lançado nesta quarta-feira (27) pelo vice-presidente e ministro do MDIC (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin. A iniciativa é do MBC (Movimento Brasil Competitivo), em parceria com o MDIC e a FGV (Fundação Getulio Vargas).

As áreas analisadas, segundo o estudo, impactam de maneira negativa o ambiente de negócios brasileiro. Elas foram priorizadas porque já têm agendas de políticas públicas estruturadas.

Veja os seis eixos:

  • Ampliação e diversificação da matriz logística: potencial de redução de R$ 224,76 bilhões;
  • Acesso à energia elétrica competitiva: potencial de R$ 121,30 bilhões;
  • Expansão do acesso à banda larga: potencial de R$ 69,26 bilhões;
  • Simplificação tributária: potencial de R$ 30,9 bilhões;
  • Acesso a crédito empresarial: potencial de R$ 63,46 bilhões; e
  • Abertura do mercado de gás natural: potencial de R$ 21 bilhões.

Análises

Segundo o observatório, “a ampliação dos modais ferroviário e cabotagem permitirá uma maior capacidade de carga transportada, reduzindo os custos logísticos e fortalecendo a integração regional, além de promover um meio de transporte mais seguro e sustentável, tornando a estrutura logística do país mais eficiente e resiliente a crises e variações de mercado”.


O estudo também destaca que o mercado livre de energia pode estimular a concorrência, ao permitir que consumidores escolham fornecedores e negociem contratos diretamente. “Quando combinado à revisão de encargos que impactam as tarifas, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o resultado são condições contratuais vantajosas e energia a preços mais competitivos, beneficiando empresas e a sociedade”, dizem os pesquisadores.

Dentro do eixo de acesso à banda larga, o observatório defende que “o aumento da conectividade não só impulsiona a economia digital, mas também melhora a competitividade do país, facilitando o acesso a novos mercados e promovendo a inovação em diversos setores”.


Em relação à redução da complexidade tributária do Brasil, o estudo lista as melhorias que podem ser alcançadas. “Uma estrutura tributária simples e eficiente reduz a burocracia, diminui os custos operacionais , aumenta a segurança jurídica e atrai investimentos, criando um ambiente de negócios mais favorável e impulsionando a geração de empregos e a eficiência econômica”, elenca.

O acesso a crédito empresarial pode incentivar os investimentos no país. “Taxas de juros acessíveis ao mercado empresarial permitem que as empresas realizem novos investimentos, estimulando o crescimento e a inovação, fortalecendo a competitividade e promovendo um ambiente de negócios mais favorável no país”, argumenta o observatório.

Por fim, a abertura do mercado de gás natural pode aumentar a competição do setor produtivo brasileiro. “Como uma fonte de energia mais limpa e eficiente, a abertura do mercado de gás natural aumentará a competitividade do setor produtivo ao diminuir os gastos com energia, além de contribuir para estratégias de descarbonização e permitir operações mais sustentáveis”, afirmam os especialistas.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.