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Daniella Marques toma posse como presidente da Caixa

Ela assume o comando do banco depois que Pedro Guimarães renunciou devido a denúncias de assédio sexual

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília


Daniella Marques é a nova presidente da Caixa
Daniella Marques é a nova presidente da Caixa

A ex-secretária especial do Ministério da Economia Daniella Marques assinou nesta sexta-feira (1°) o termo de posse como nova presidente da Caixa Econômica Federal. Ela assume o comando do banco depois da renúncia de Pedro Guimarães por causa de denúncias de assédio sexual e moral a funcionários. A nova presidente foi aprovada pelo conselho de administração do banco. O nome dela foi aprovado pelo comitê de elegibilidade. 

Braço direito do ministro Paulo Guedes, Daniella era secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Formada em administração pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro e com MBA em finanças pelo IBMEC, ela atuou por 20 anos no mercado financeiro, na área de gestão independente de fundos de investimento. Guedes teve influência na indicação de Daniella Marques ao cargo.

Daniella ainda foi sócia-fundadora e diretora de fundos de investimento antes de ingressar no governo. Em 2019, ela era chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Guedes e, em fevereiro deste ano, assumiu a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, em substituição a Carlos da Costa.

Demissão de Pedro Guimarães

O economista Pedro Guimarães pediu demissão da presidência da Caixa Econômica na quarta-feira (29), após denúncias de assédio sexual. O Ministério Público Federal (MPF) investiga os casos, que teriam ocorrido com funcionárias do banco.

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De acordo com fontes ouvidas pelo R7 no MPF, as diligências ocorrem sob sigilo na Procuradoria da República no Distrito Federal, já que Guimarães não tem foro privilegiado. Conforme apontam as denúncias, os assédios ocorreram durante viagens para tratar de projetos da Caixa.

Pedro Guimarães integrava 21 conselhos

O agora ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães era membro de pelo menos 21 conselhos de administração de empresas ligadas à estatal em 2021. No fim do mês, o salário dele, por causa da remuneração dos conselhos, poderia saltar de R$ 56 mil para mais de R$ 230 mil, como mostram dados obtidos pelo R7 relativos a julho de 2021, quando Guimarães recebeu R$ 230.940. A Caixa nega irregularidades (leia nota da instituição na íntegra no fim da reportagem).

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O artigo 20 da Lei das Estatais proíbe "a participação remunerada de membros da administração pública, direta ou indireta, em mais de 2 (dois) conselhos, de administração ou fiscal, de empresa pública, de sociedade de economia mista ou de suas subsidiárias".

De acordo com as informações obtidas com exclusividade pelo R7, referentes àquele período, Guimarães aparece como presidente dos conselhos de administração do Banco Pan, da Elo, da Caixa Cartões, da Caixa Seguridade e da Caixa Participações. Veja reprodução dos dados:

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Ele figura ainda como membro do conselho de administração das seguintes empresas: Paranapema, BRK Ambiental, Too Seguros, Caixa Seguros Holding, Caixa Capitalização, Caixa Seguradora, Caixa Consórcios, Youse Seguradora, Caixa DTVM, Caixa Seguridade Corretagem e Administração de Seguros, XS3, XS1, XS4, XS5, XS6 e VLI.

Em nota, a Caixa afirma que não houve "extrapolação legal" na participação de Guimarães nos conselhos. Leia a íntegra da nota:

"A CAIXA esclarece que não há limite legal para a participação de presidente de empresas estatais em conselhos de administração de outras empresas subsidiárias ou participadas. Na CAIXA, até novembro/2021, aplicava-se a vedação do Art. 20 da Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais), somente à participação remunerada em até dois conselhos de empresas públicas, sociedade de economia mista e suas subsidiárias, não alcançando as empresas privadas participadas.

Após novembro/2021, em razão de mudança no Estatuto Social da CAIXA, passou a ser prevista a vedação remuneratória em mais de dois conselhos, independente da natureza pública ou privada.

Em relação ao ex-presidente, não houve extrapolação legal quanto à participação remunerada em conselhos de natureza pública e, após a modificação estatutária, em novembro/2021, houve renúncia à remuneração também dos conselhos privados, limitando-os a dois."

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