'Decisão acertada', diz Pacheco sobre não concorrer à Presidência
O senador, presidente do Congresso, declarou que não seria possível conciliar a função legislativa com uma pré-candidatura
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta segunda-feira (14), que a retirada de sua pré-candidatura à Presidência da República foi a "decisão mais acertada" entre ele e o PSD. Segundo o parlamentar, as atribuições como líder do Senado e do Congresso exigem a concentração de energia voltada ao cargo que ocupa atualmente.
"Estar na presidência do Senado Federal e do Congresso Nacional impõe uma responsabilidade muito grande, de muita dedicação, concentração de energia, para lidar com problemas que o Brasil tem para ser resolvidos hoje e que precisam do presidente do Senado sendo presidente do Senado", afirmou a jornalistas antes de participar de um evento com o empresariado mineiro nesta segunda (14).
Pacheco avaliou que "não seria possível compatibilizar o exercício dessa função com uma campanha eleitoral". A renúncia à disputa será um bem para a política e para o Brasil, segundo ele, que prometeu que, na cadeira principal do Senado, vai manter "toda a dedicação".
Questionado sobre quem vai apoiar, agora que não mais concorrerá, Pacheco sinalizou que acompanhará a decisão partidária, mas não adiantou um nome. "Nos próximos dias, o presidente [do PSD] Gilberto Kassab, juntamente com a nacional, haverá de ter um encaminhamento ou para candidatura própria ou com algum tipo de composição", detalhou o senador.
De acordo com Pacheco, o intuito deverá ser manter o lançamento de um candidato próprio, motivo pelo qual foi convidado a se pré-candidatar, mas não descartou alguma aliança com nomes de outros partidos aliados. O principal nome na mesa é o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que pode migrar para o PSD.
Nesta segunda (14), Kassab foi ao Rio Grande do Sul participar do ato de filiação da ex-senadora Ana Amélia Lemos. A expectativa é que a ocasião sirva para um debate sobre a candidatura de Leite. Uma resposta definitiva é esperada para o fim desta semana.
Na avaliação de Pacheco, ainda há tempo para amadurecer o debate. "Naturalmente, a decisão que o partido tomar, de maneira colegiada, democrática, será uma decisão por todos respeitada", resumiu.
Diante da corrida eleitoral, Pacheco reiterou que o Senado está empenhado em garantir votações importantes mesmo em ano de eleições. “Não vamos parar o Brasil em função de eleições, e é por isso que estamos trabalhando nesta semana na reforma tributária. É por isso que, na semana passada, tratamos da solução dos dois projetos dos combustíveis, e assim sucessivamente. Temos ainda bons meses pela frente em que nós podemos mostrar que somos capazes de entregar à população essas pautas aprovadas."