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Defesa de Bolsonaro alega que ele ficou em silêncio por não ter acesso integral aos autos

Bolsonaro se recusou a responder perguntas dos policiais federais que investigam suposta tentativa de golpe de Estado

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Defesa justificou silêncio de Bolsonaro em oitiva à PF
Defesa justificou silêncio de Bolsonaro em oitiva à PF Defesa justificou silêncio de Bolsonaro em oitiva à PF (Giovanna Inoue / R7 - 22.2.24)

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disseram que ele ficou em silêncio durante a oitiva na Polícia Federal nesta quinta-feira (22) por não ter acesso integral aos autos. "Esse silêncio, quero deixar claro que não é simplesmente o uso do exercício constitucional, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos por quais estão sendo imputados ao presidente a prática de certos delitos. A falta de acesso a esses documentos, especialmente as declarações o tenente-coronel Mauro Cid e as mídias eletrônicas obtidas dos telefones celulares de terceiros e computadores impedem que a defesa tenha um mínimo conhecimento de por quais elementos o presidente é hoje convocado," disse o advogado Fabio Wajngarten

Bolsonaro não respondeu às perguntas dos policiais federais que investigam uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-chefe do Executivo chegou à sede da PF (Polícia Federal), em Brasília, por volta das 14h20. Os ex-ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também prestaram depoimento. As oitivas aconteceram de maneira simultânea, técnica utilizada para dificultar a troca de informações entre os investigados.

No início do mês, o ex-chefe do Executivo e aliados foram alvo de uma operação da corporação, que cumpriu mandados de busca e apreensão em dez estados. Na época, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal no dia 8 de fevereiro.

O coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ex-assessores diretos de Bolsonaro, foram presos. A PF também prendeu Rafael Martins de Oliveira, major do Exército. O coronel Bernardo Romão Corrêa Neto estava em missão em Washington, nos Estados Unidos, quando a sua prisão foi autorizada pelo STF. Ele se entregou às autoridades brasileiras no país e retornou ao Brasil.

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Essa é a sétima vez que o ex-presidente foi intimado para prestar depoimentos na PF desde que deixou a Presidência. A defesa tentou adiar a ida à PF, mas o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou os pedidos em três ocasiões.

A Polícia Federal já tem informações sobre uma reunião que aconteceu no Palácio do Planalto, na qual os alvos das investigações estariam tratando sobre uma minuta que estabeleceria um estado de sítio no país.

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