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Defesa do ‘Careca do INSS’ diz que empresário vai priorizar depoimento à PF

Em nota, advogados de Antônio Carlos Camilo Antunes citaram ‘lamentável clima político’ na CPMI que apura fraudes no INSS

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A defesa de António Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", justificou sua ausência na CPMI.
  • Antunes priorizará depoimento à Polícia Federal em vez de comparecer à comissão.
  • Seus advogados alegam um "lamentável clima político" na CPMI, tornando a oitiva improdutiva.
  • O presidente da CPMI, Carlos Viana, lamentou a falta do empresário e a perda da oportunidade de ouvir um dos principais investigados.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Reunião da CPMI do INSS com Antônio Carlos Camilo Antunes estava marcada para esta segunda-feira Reprodução/LinkedIn

A defesa do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, justificou a ausência dele na reunião da CPMI que apura as fraudes no instituto. O encontro estava previsto para esta segunda-feira (15), mas acabou cancelado.

Em nota, os advogados afirmaram que, como já existe um inquérito policial em andamento sobre o mesmo tema, Antunes dará prioridade a prestar depoimento à Polícia Federal.


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O documento também afirma que há um “lamentável clima político” na comissão, o que tornaria a oitiva “improdutiva”.

“A defesa do Sr. Antonio Carlos Camilo esclarece que, em razão da existência de inquérito policial com o mesmo objeto da CPMI, dará prioridade ao depoimento perante a Polícia Federal, considerando inclusive o lamentável clima político no âmbito da Comissão, o que se tem visto durante os depoimentos já prestados, o que sinaliza para uma oitiva improdutiva.”


A CPMI do INSS ouviria o empresário nesta segunda-feira (15), mas foi cancelada após o ele informar que não compareceria ao encontro.

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) havia garantido ao investigado o direito de escolher se iria ou não à comissão. A defesa comunicou a ausência nesta manhã.


O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lamentou a decisão.

“Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados”, afirmou.


Preso na última sexta-feira (12), o empresário é apontado pela PF como um dos possíveis operadores do esquema de fraudes que somou mais de R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais de beneficiários.

As investigações miram um esquema de cobranças associativas não autorizadas que teria atingido milhares de beneficiários do INSS em todo o país.

Antunes é apontado como líder de um grupo empresarial envolvido na fraude. O depoimento dele era um dos momentos mais esperados da CPMI, que tenta identificar responsáveis e dimensionar os prejuízos aos aposentados.

Entre os alvos da Operação Sem Desconto, estava o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Além dele, três servidores do órgão foram afastados de seus cargos por determinação da Justiça:

  • Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente;
  • Vanderlei Barbosa dos Santos, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão;
  • Jucimar Fonseca da Silva, coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios.

A investigação também resultou no afastamento do Procurador-Geral junto ao INSS, Virgílio Oliveira Filho, e de um agente da PF, que não teve o nome divulgado.

Além deles, a Polícia Federal também investiga o empresário Antônio Carlos Antunes, conhecido como o “careca do INSS”. De acordo com relatório da corporação, ele era intermediário financeiro das entidades associativas.

Entenda o caso

Em abril deste ano, um esquema bilionário de fraudes no INSS foi revelado pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União).

De acordo com investigação, de 2019 a 2024, aposentados e pensionistas do INSS foram vítimas de associações e sindicatos, que os incluíram como associados sem consentimento e descontaram valores de seus benefícios. O prejuízo foi estimado em R$ 6,3 bilhões.

Perguntas e respostas

Quem é o empresário conhecido como “Careca do INSS”?

O empresário se chama Antônio Carlos Camilo Antunes e é conhecido como “Careca do INSS”.

Por que a defesa do Careca do INSS justificou sua ausência na CPMI?

A defesa justificou a ausência de Antunes na reunião da CPMI, que apura fraudes no INSS, afirmando que ele dará prioridade a prestar depoimento à Polícia Federal, já que existe um inquérito policial em andamento sobre o mesmo tema.

O que a defesa afirmou sobre o clima na comissão?

A defesa mencionou um “lamentável clima político” na comissão, o que tornaria a oitiva “improdutiva”.

Qual foi a reação do presidente da CPMI à ausência do Careca do INSS?

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, lamentou a decisão, afirmando que perderam a oportunidade de ouvir um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados, mas que a comissão continuará trabalhando para que a verdade venha à tona.

Quando estava prevista a oitiva do Careca do INSS na CPMI?

A oitiva estava prevista para esta segunda-feira, dia 15, mas foi cancelada após a comunicação da ausência do empresário.

Qual foi a decisão do STF em relação à presença do Careca do INSS na comissão?

A decisão do STF garantiu ao investigado o direito de escolher se iria ou não à comissão, o que permitiu que ele não comparecesse à reunião.

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