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R7 Brasília

Depoimento de Anderson Torres na CPMI do 8 de Janeiro é marcado para a próxima terça-feira

O ex-ministro e ex-secretário de Segurança do DF é investigado por suspeita de ter se omitido em relação aos atos extremistas

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres
Ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi convocado a prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro na próxima terça-feira (8).

A relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), confirmou a data após a reunião desta terça-feira (1º). Com a convocação, a presença de Torres na audiência é obrigatória.

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“Porque fecha essa primeira etapa da CPMI, que é voltada para os atos de 12 e 24 de dezembro, já que pegamos o recorte depois do processo eleitoral. O Anderson Torres era ministro da Justiça nesse período e, no 8 de Janeiro, secretário de Segurança Pública. É uma figura que faz um elo desse primeiro momento com o mês de janeiro”, afirmou Eliziane. 

Anderson Torres é investigado por suspeita de ter se omitido em relação aos atos extremistas. Ele era o secretário de Segurança do DF em 8 de janeiro. Na ocasião, Torres estava de férias com a família nos Estados Unidos. Ele foi preso seis dias depois dos ataques aos prédios da praça dos Três Poderes, em 14 de janeiro, no aeroporto de Brasília. 


Ao todo, foram 117 dias de prisão. Em maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao ex-ministro.

Moraes determinou que ele use tornozeleira eletrônica, tenha o porte de arma de fogo suspenso, não deixe o país, não use redes sociais e não mantenha contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de Janeiro. Ele também deve permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.


Depoimentos à PF

No primeiro depoimento à Polícia Federal, em 18 de janeiro, Anderson Torres permaneceu calado. Em 3 de fevereiro, ele aceitou depor, falou por cerca de dez horas sobre os atos de extremismo em Brasília e afirmou que houve "falha grave" da atuação da Polícia Militar do DF naquele dia.

Em maio, ele depôs na PF em um inquérito que apura se ele interferiu na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano passado. Nessa ocasião, ele negou que tenha viajado para a Bahia, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, para pedir o apoio da PF e da PRF para interferir no fluxo de eleitores.

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