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Mauro Cid deixa PF após duas horas de depoimento sobre caso das joias recebidas por Bolsonaro

Oitiva sobre venda ilegal de presentes recebidos por Bolsonaro foi por videoconferência, pois investigadores estão nos Estados Unidos

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Oitiva faz parte do inquérito das joias recebidas por Bolsonaro Oitiva faz parte do inquérito das joias recebidas por Bolsonaro (Lula Marques/Agência Brasil - 11.7.2023)

Depois de pouco mais de duas horas de depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid deixou a Polícia Federal, por volta de 13h20 desta sexta-feira (26). O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado de volta ao Batalhão do Exército, onde permanece preso. O R7 estava no local no momento que um carro oficial camuflado do Exército parou em frente à imprensa para dar cobertura ao veículo de Cid. O carro chegou a bater em uma cancela da sede da PF e a entortar o equipamento, que foi consertado depois pelo porteiro do edifício.

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A oitiva faz parte do inquérito das joias recebidas por Bolsonaro e sua mulher, Michelle. De acordo com fontes ouvidas pela RECORD, trata-se de confirmações de informações prestadas anteriormente por Cid. O tenente-coronel falou com os agentes por videoconferência, pois os policiais estão nos Estados Unidos investigando a tentativa ilegal de venda dos presentes. A corporação pretende encerrar o inquérito até maio.

Em 26 de março, o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, prestou depoimento à Polícia Federal. O militar também é investigado pela suspeita de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo casal Bolsonaro. Em agosto de 2023, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso. O general foi um dos alvos.

De acordo com a PF, pai e filho utilizaram “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues em missões oficiais por autoridades estrangeiras a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”. A Polícia Federal identificou o rosto do general no reflexo de uma foto utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Em 22 de março, Mauro Cid foi ouvido pelo STF sobre o áudio vazado em que ele fez críticas a Moraes. No material, o militar alegou ter sido coagido pelos investigadores da PF. O tenente-coronel voltou a ser preso após o depoimento. Desde então, os benefícios da delação estão sob análise e podem ser rescindidos. O depoimento ao STF durou cerca de meia hora e o tenente-coronel chegou a desmaiar durante a oitiva.

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