Internado há quase 50 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular do Distrito Federal, desde que foi picado por um escorpião-amarelo, em 1º de janeiro, o menino Thomas Caitano, de 2 anos, tomou o primeiro banho de sol nesse domingo (19) de Carnaval. A informação foi divulgada nas redes sociais pela mãe da criança, Adriana Caitano. Na publicação, ela deu mais detalhes sobre o estado de saúde de Thomas.
Segundo Adriana, o menino está acordado e não faz mais uso de sedativo. No entanto, ela conta que a soma das "graves lesões cerebrais" com os mais de 40 dias sedado e parado na cama deixou sequelas.
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"Ele ainda não está como antes. Abre muito bem os olhos, mira todos os lados. Mas não reage quando passamos a mão na frente. Não esboça tentativa concreta de falar, não parece entender tudo o que dizemos. Os braços se movem, mas estão enrijecidos, as mãos fechadas. As perninhas ele mexe mais quando está incomodado", relatou.
A mãe da criança conta ainda que a forma de Thomas se comunicar é o choro. "Faz careta forte, franze as sobrancelhas, abre o bocão. Como quando era recém-nascido e só tinha esse jeito de pedir alguma coisa. Afinal, ele não nasceu de novo?", refletiu ela.
No início do mês, Adriana informou que o menino não corria mais risco de morrer. Ele ficou intubado e sedado durante todo o mês de janeiro. Na mesma época, ela disse que Thomas passou por uma traqueostomia (procedimento realizado no pescoço para facilitar a chegada de ar até os pulmões) e que a cirurgia ocorreu sem nenhuma intercorrência.
Entenda o caso
O caso ocorreu na madrugada de 1º de janeiro na casa da família, na região de Arniqueira, no Distrito Federal. Thomas Caitano inicialmente foi levado para o Hospital Regional de Taguatinga, mas transferido para um hospital particular, em estado grave. Ainda no início da internação, ele precisou passar por um procedimento para bombear o sangue para o resto do corpo.
Segundo Adriana Caitano, a família estava dormindo, quando, por volta das 4h, Thomas acordou chorando muito. "Ele começou a gritar muito de dor durante a madrugada. Fomos para o quarto, e ele chorava muito, coçava e colocava a mão na cabeça. Meu marido imaginou que algum bicho teria picado e, então, encontramos um escorpião grande, embaixo do travesseiro. Percebemos que a situação era grave”, disse a jornalista.
Thomas foi picado por um escorpião-amarelo na cabeça. O veneno afetou o coração e o pulmão, e o menino teve um quadro grave de inflamação. Durante a internação, ele passou por um procedimento de ECMO, uma oxigenação por membrana extracorpórea. Na prática, o tratamento funciona como um coração e um pulmão artificiais.