Depois de quatro anos sem embaixador no Brasil, Bolívia deve fazer indicação
Expectativa é que o nome saia depois do encontro entre Lula e os presidentes de outros 11 países da América do Sul
Brasília|Natalie Machado, da Record TV
Depois de quatro anos sem representante oficial do governo boliviano no Brasil, o presidente Luis Arce deve indicar um novo embaixador. A expectativa é que o nome saia depois do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os chefes de Estado de outros 11 países da América do Sul. O Brasil vai sediar a cúpula dos líderes da região, que ocorre em Brasília nesta terça-feira (30).
Brasil e Bolívia têm relações mantém relações diplomáticas desde 1958. Um dos principais problemas a ser enfrentado por ambos é o tráfico de drogas na fronteira. A Bolívia é o país de maior fronteira com o Brasil, 3.423 km. Fontes dos dois governos afirmam que só uma força-tarefa conjunta conseguiria abaixar os níveis de criminalidade da região fronteiriça.
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Cúpula
Todos os chefes de Estado sinalizaram intenção de participar presencialmente da reunião, com exceção ao do Peru, segundo fontes no Itamaraty. A presidente do país, Dina Boluarte, não poderá deixar o território peruano, mas enviará ao evento como representante o chefe do Conselho de Ministros.
A previsão é de que os líderes tenham duas sessões de trabalho, uma pela manhã e a outra à tarde. No período noturno vai ocorrer um jantar. Segundo o Itamaraty, a ideia do presidente Lula é fazer uma reunião com formato restrito para que haja, de fato, uma troca de ideias entre os líderes. O governo brasileiro também se prepara para reuniões bilaterais do petista com os demais presidentes.
O objetivo do encontro, de acordo com o Palácio do Planalto, é promover um diálogo franco entre todos para identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reativar a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave, como saúde, mudança do clima, defesa, energia, entre outros pontos.
A cúpula é uma iniciativa de Lula. No convite feito aos demais líderes, o petista disse que é "imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas diante do desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social".