DF avalia fim do uso de máscara em locais fechados após terceira dose
Ministério da Saúde anunciou dose de reforço a toda a população adulta. DF aguarda o envio dos imunizantes para essa finalidade
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
O governador Ibaneis Rocha afirmou nesta quinta-feira (18) que, após o anúncio do Ministério da Saúde de aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 em toda a população acima de 18 anos, ele pretende pôr fim à obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados no Distrito Federal.
"A gente espera que essas doses cheguem para avançar e liberar, em breve, as máscaras em ambientes fechados", frisou Ibaneis. Desde 3 de novembro, a máscara deixou de ser exigida em ambientes ao ar livre na capital federal. Além disso, em setembro a terceira dose dos imunizantes passou a ser ministrada em idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos graves.
Agora, a população adulta pode tomar a vacina extra cinco meses depois da última vacinação. "O resultado da vacinação está a olhos vistos, diminui o nível de internação e a quantidade de óbitos. É seguir nessa linha, e nós precisamos avançar na vacinação aqui no Distrito Federal", acrescentou o governador. No DF, 72,23% da população acima de 12 anos está totalmente protegida.
Dia D
Para ampliar esses índices e acelerar a proteção completa da população, neste sábado (20) haverá o Dia D da vacinação contra o coronavírus. A expectativa do governo é imunizar 200 mil pessoas. A mobilização ocorre em nove cidades (Gama, Planaltina, Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Guará, Taguatinga, SIA, Samambaia e Santa Maria), das 9h às 17h.
"A gente espera o comparecimento das pessoas, tanto aquelas que não se vacinaram com a primeira dose como aquelas que deixaram de tomar a segunda, para que a gente complete o ciclo de vacinação e possa avançar na liberação de outras restrições que ainda existem", disse Ibaneis.
Hospitais de campanha
Ainda nesta semana, com o controle da pandemia na cidade, a Secretaria de Saúde também anunciou a desativação do Hospital de Campanha do Gama. Os pacientes serão removidos até o fim do mês para o Hospital Regional de Samambaia e para o Hospital de Campanha da Ceilândia, o único do tipo que permanecerá ativo.
"A gente tem que pensar na economia de recursos, tem que cuidar da saúde da população. Neste momento, a Saúde está clamando por outras coisas, como as cirurgias eletivas. Comprar materiais, insumos para avançar nas cirurgias eletivas e recuperar o período perdido dentro da saúde", ressaltou Ibaneis.
Equipamentos de saúde
As declarações do governador foram dadas durante cerimônia de inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Riacho Fundo II. "Esse atendimento chega atrasado, mas chega", ponderou Ibaneis. A gestão da unidade será feita pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).
A população da cidade é estimada em 100 mil pessoas, e esse é o primeiro equipamento público de saúde para atender à região. A estimativa é que 4 mil pessoas sejam atendidas mensalmente na unidade. Outras três UPAs devem ser inauguradas até o fim deste ano.