Em outubro, o Distrito Federal terá uma das eleições mais disputadas de sua história, com cinco candidatos na corrida pela chefia do Palácio do Buriti: Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR), Luiz Pitiman (PSDB), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Toninho (Psol).
A maioria dos concorrentes deixou o fechamento das chapas para a última hora, nessa segunda-feira (30), prazo final para a realização de convenções partidárias que selam as coligações e candidaturas.
O cientista político Leonardo Barreto explica que as decisões se arrastam até o último minuto porque os candidatos avaliam os benefícios que cada partido pode representar. — Eles negociam o apoio para ter o maior tempo de TV possível.
O fim de semana foi de decisões para o cenário político do DF. Sem Dilma Rousseff e Lula, O PT oficializou nesse domingo (29) a dobradinha PT - PMDB, com os nomes de Agnelo Queiroz como candidato a governador e Tadeu Fillipelli na vice. A chapa conta com o apoio de outros 12 partidos, formando a maior coligação local das eleições deste ano.
Quem volta à cena política é José Roberto Arruda. O ex-governador também entra na disputa para retornar ao Palácio do Buriti. Desta vez, ele concorre pelo PR, que tem o apoio de outras quatro legendas (PTB, DEM, PRTB e PMN). Arruda terá como candidata a vice a deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS), que chegou a lançar candidatura pelo PPS, mas voltou atrás e decidiu integrar a chapa encabeçada pelo ex-governador.
O antigo partido de Eliana, o PSD, conforme já havia anunciado, não ia liderar nenhuma chapa, mas ganhou a posição de vice na coligação que tem Rodrigo Rollermberg (PSB) como cabeça. O nome do servidor público Renato Santana saiu como candidato a vice depois de uma negociação entre o PSB e Rogério Rosso, presidente do PSD no DF. Rollemberg e Santana integram a coligação formada por PSB, PDT, SDD, PSD, apoiada pelo movimento Rede Sustentabilidade, liderado por Marina Silva.
A chapa de extrema-esquerda formada por Psol, PCB e PSTU lançou Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do Psol, que vai disputar sua terceira eleição depois de conseguir 14% dos votos nas últimas eleições. O professor Guillen, do PSTU, entra na corrida eleitoral ao lado de Toninho como candidato a vice.
O PSDB de Aécio Neves referendou o nome de Luiz Pitiman como candidato ao governo para ter um palanque eleitoral no DF, local que o partido espera ter grande quantidade de votos na disputa à presidência. A reportagem do R7 não obteve retorno sobre o candidato a vice na chapa de Pitiman e a coligação que irá disputar as eleições. O cientista política Leonardo Barreto diz que, depois das definições, é possível dizer que o DF tem, atualment,e um cenário político fragmentado.
— A gente pode esperar uma disputa de Copa do Mundo acirrada nesta eleições. À esquerda temos três candidaturas com Agnelo, Rodrigo Rollemberg e Toninho. NO lado da direita, ali tem uma fragmentação entre Arruda e Pitiman.
Essa segunda-feira foi o último dia para realização de convenções com oficialização das candidaturas. As coligações têm até sexta-feira (4) para enviar os nomes dos candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Até lá os partidos ainda podem modificar a ata das convenções e os candidatos.