Divisão antiterrorismo de combate a atentados no Distrito Federal terá 25 agentes
Criação da nova equipe foi determinada depois de atentado com explosivos no STF nesta quarta (13)
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
A Dicac (Divisão de Combate a Atentados Criminosos e Antiterrorismo) criada nesta quinta-feira (14) vai ser formada por 2 delegados e 23 policiais, com o intuito de combater, prevenir e mapear tentativas de atentados no Distrito Federal. A divisão vai funcionar no âmbito da PCDF (Polícia Civil do DF).
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A estrutura vai ser composta por diretor, diretor-adjunto, e chefes de seção de investigação, de análise e levantamento e de operações táticas.
O governador Ibaneis Rocha afirma que a divisão vai garantir a segurança do DF. “Não permitiremos que qualquer pessoa atente contra a capital de todos os brasileiros e contra as instituições que protegemos e abrigamos com todo respeito e carinho na nossa cidade", afirma.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, pontua que a criação da nova equipe aconteceu “em boa hora”. “Embora tenhamos ótimos índices no combate à criminalidade em geral, é preciso dar uma atenção especial a essa nova modalidade de crime, que, infelizmente, tem se repetido de forma preocupante no mundo todo”, completa.
A determinação de criação aconteceu um dia depois do atentado contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) na noite de quarta-feira (13). Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, causou a explosão de um carro próximo ao anexo 4 da Câmara dos Deputados e seguiu para a Praça dos Três Poderes, onde tentou entrar no STF.
Depois de ter a entrada proibida, Luiz atirou artefatos explosivos contra a estátua ‘A Justiça’. Após isso, ele teria deitado no chão, colocado outro explosivo embaixo da cabeça, como se fosse um travesseiro, e o artefato teria explodido. Imagens de segurança flagraram o momento.
A governadora em exercício, Celina Leão (Progressistas), confirmou a criação da divisão e afirma que existem reuniões programadas com a SSP (Secretaria de Segurança Pública). “Temos essa linha de investigação de um ataque terrorista, até porque foi uma ação contra os ministros do Supremo”, esclarece.