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Dois dias após ser nomeada, ex-gestora da Funai é exonerada pelo governo Lula

Carla Costa foi alvo de críticas por ter atuado no órgão no governo Bolsonaro e, mesmo assim, ter ganhado cargo na gestão Lula

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Carla Fonseca de Aquino Costa foi coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai
Carla Fonseca de Aquino Costa foi coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai Carla Fonseca de Aquino Costa foi coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai

Apenas dois dias depois de ter sido indicada para um cargo de confiança na Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-coordenadora da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) do governo de Jair Bolsonaro (PL) foi exonerada do novo posto. Carla Fonseca de Aquino Costa foi coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai durante o governo do ex-presidente.

O R7 questionou a Casa Civil sobre os motivos da exoneração de Carla, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. A servidora não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens enviadas pelo R7.

Na quarta-feira (25), ela foi nomeada, em publicação no Diário Oficial da União (D.O.U.), para a diretoria de programa da Assessoria Especial da Secretaria Especial para o Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República.

A indicação para atuar no governo Lula foi alvo de críticas. Carla trabalhou com Marcelo Xavier, ex-presidente da Funai, que também foi criticado por ter feito demissões generalizadas e trocado o comando de coordenações de áreas da fundação. Xavier demitiu o indigenista Bruno Pereira, que era coordenador-geral de Índios Isolados e acabou assassinado em junho de 2022, ao lado do jornalista britânico Dom Phillips.

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Em 2020, lideranças indígenas pediram a exoneração de Carla Costa da coordenadoria de licenciamento ambiental da Funai. A avaliação era que ela estaria atrasando a renovação de um programa ambiental aos indígenas. Carla também era acusada de acelerar o processo de licenciamento de reconstrução de rodovias que atravessam terras indígenas entre Porto Velho (RO) e Manaus (AM).

Ela é analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desde 2011. Lá, foi chefe de Regularização Ambiental e Delegação de Competência entre 2017 e 2019. Ainda no Ibama, Carla foi coordenadora de Licenciamento Ambiental de Transportes. Entre 2018 e 2019, atuou como instrutora do Curso Básico de Licenciamento Ambiental na Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

Na Funai, a área sob a coordenação de Carla era responsável por atuar nos processos de licenciamento ambiental que afetam as terras indígenas, por meio de estudos do componente indígena.

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